Bem Vindo


Faça um blogueiro feliz. Comente e compartilhe com os amigo.

sábado, 15 de junho de 2013

Leitura Cristã Atual


Começarei assim a minha releitura crista citando a principio dois textos biblicos:

Gálatas 1: 6   muito me admira que tão depressa estejais passando daquele que vos chamou a graça de Cristo para outro evangelho;

II Corintios 11: 04   pois se alguem for pregar -vos outro Jesus que nao temos pregado, ou outro espirito que nao recebestes ou outro evangelho que nao abraçastes...

E nao adianta dizerem que esse evangelho ou cristianismo que pregam hoje é de Jesus porque isso e mentira.

Assim começamos uma nova leitura do cristianismo. E que Deus nos ajude!

A pedido de um amigo troquei o nome do blog Repensando o cristianismo. Agorar é Releitura Cristã
Espero que gostei abraço a todos..

Releitura Cristã


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Quem são meus amigos?


por Gentil P. do'Santos

" já não vos chamarei de servos mas sim de amigos"  texto bíblico

Olha, fechei a porta da minha casa. Agora só entra quem é meu amigo. E Quem são eles? Os que mesmo sabendo dos meus erros, não me joga na cara, antes me ajudam nas fraquezas.

Quem são meus amigos? Os que não ficam dando tapinhas nas minhas costas dizendo: "-como eu amo você!" "- quanta saudade eu sinto de você!" Mas na hora de me estender a mão me viram as costas.

Quem são meus amigos? Os que me amam e estão sempre juntos mesmo na distância. Meus amigos são os que choram a minha dor e se alegram com minhas vitórias.

Quem são meus amigos? Os que não falam o que gosto de ouvir mas sim o que preciso. Meus Amigos eu reconheço de longe, sinto o cheiro pairando no ar. Meus amigos não falam mal de mim mas escondem minha podridão ao invés de jogar no ventilador. Me ajudam a caminhar servindo como apoio.

Quem são meus amigos? Os que nunca me magoaram dizendo e fingindo serem, esses são meus amigos. Lembrei-me do poema de Machado de Assis e nele me inspiro, diz ele:

"Benditos sejam
os amigos que te apontam a realidade.
porque amigo é a direção.
Amigo é base
quando falta-nos o chão.

Bendito sejam todos os amigos
de raízes,verdadeiras.
Porque amigos são herdeiros
(...)

Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas tem espinhos.
Há outras que sorriem por saber que os espinhos tem rosas."

Quem são meus amigos?

terça-feira, 31 de julho de 2012

O sofrimento faz parte da vida.

por Gentil Pereira dos Santos

Dentro dos contextos religiosos e paradigmas cristãos, quando uma doença ou qualquer mal sobrevem a nós é dado muitas expilicações totalmente desintoante a aquilo que seria o evangelho de Jesus.

Quando um crente é roubado, foi por causa de algum pecado do infeliz escondido que não foi confessado; afinal deve-se fechar as brechas para o diabo não entrar e fazer estragos nas nossas vidas. Foi? Foi mesmo? Será que Deus não é misericordioso ao ponto de nos ao leu do roubo?

Quando uma irmã é aviltada por uma doença uterina será que é Deus pesando a mão ou dando tal situação para faze-la aprender algo?
Deus se ausenta nas nossas dificuldades para nos fazer andar com nossas pernas. Uma criança que é levada no colo pela mãe toda a vida se torna uma criança subdesenvolvida e Deus não quer isso.

Em nossas dificuldades Deus nos ensina a vivermos e a descobri-lo. E não é Deus que nos atormenta com problemas mas a própria vida não nos ausenta de sofrermos. Porque o sofrimento faz parte da vida.
 
E que Deus nos Ajude!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ESTIGMA E REALIDADE

Desvios são considerados a ponte que liga o estudo do estigmatizado ao mundo social, e a forma de reação as situações as quais se encontram. Primeiramente, e citado negros e Judeus que tanto sofreram e sofrem como já é conhecido pelo contexto histórico e social.
 
Contudo, os que realmente apresentam com seus defeitos, muitas dificuldades de interagir em nossa sociedade, ou seja, o "diferente" que acaba elaborando uma concepção relativa ao seu respeito. Está implícito que não é para o diferente que se deve olhar em busca da compreensão da diferença, mas sim para o comum.
 
As normas incorporadas pela sociedade definem o sucesso ou fracasso do EU, pois mantêm o efeito direto sobre a integridade do indivíduo. Visão e alfabetização são as de maior sustentação e adequação. Sendo normas de beleza física as que quase todo mundo fracassa em algum período na vida. Normalestigmatizado: Consiste em uma relação de como o indivíduo era e se encontra atualmente em função de uma correção da sua diferença, apresentando uma alteração em sua personalidade em direção ao aceitável. Contudo se for de forma contrária (normal x estigmatizado) contará com uma relação de aceitação.
 
O estigmatizado e o normal são partes um do outro, ambos possuem características vulneráveis. Ao criarmos uma situação curiosa ou de simpatia nos deparamos com uma proteção de sua privacidade empregando uma forma grotesca de resposta. Ex: ao ser perguntado sobre sua perna a uma menina, ela responde que pediu dinheiro a uma companhia de empréstimos e eles ficaram com a minha perna.
 
Concluí-se então que estigmatizados e normais, fazem parte de um mesmo processo social e ambos interagem entre si, porém em papéis diferentes em algumas fases da vida, são perspectivas que são geradas em situações sociais durante os contatos mistos.
 
Bibliografia complementar: Augusto Cury  O mestre da sensibilidade A Maturidade Revelada no Caos. "Quem vive sobre o peso da culpa fere continuamente a si mesmo, torna-se seu próprio carrasco e, de outro lado quem é radical e excessivamente crítico dos outros se torna um carrasco social". (Cury, 2001) - mestre da escola da vida sabia das limitações humanas e o quanto é difícil de gerenciar nossas reações nas situações estressantes.
 
Tinha consciência de que facilmente erramos e de que facilmente punimos a nós mesmos e aos outros. Contrapondo-se as sociedades modernas Um dia, apontando um deficiente físico, algumas pessoas querendo saber o motivo dessa deficiência indagaram Jesus: "Quem pecou, ele ou seus pais?".
 
Aquelas pessoas esperavam que ele dissesse que a deficiência era devido a um erro que ele mesmo havia cometido ou que seus pais tivessem cometido no passado. Tais pessoas estavam escravizadas pelo binômio do certo e errado, do erro e da punição. Mas para surpresa dela ele disse uma frase de difícil interpretação:
 
"Nem ele nem seus pais, mas aquela deficiência era para glória de Deus". Por meio dessas palavras colocou as dores da existência em outra perspectiva. Todos nós abominamos as dores e dificuldades da vida, procuramos bani-las a qualquer custo de nossa história.
 
Entretanto, o mestre da escola da vida queria dizer que o sofrimento deveria ser trabalhado e superado no âmago do espírito da alma, tal superação produziria algo tão rico dentro da pessoa deficiente que a sua limitação se tornaria uma "glória para o criador". (Cury, 2001)

Leia mais em:  http://www.webartigos.com/artigos/estigmatizacao-social/6480/#ixzz20nfXVjBZ
 
 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sou livre (entre aspas)

por Gentil Pereira

Se escrevo é para que não fique o dito pelo não dito. Minha alma está cheia de novidades e não posso me calar. Calar-me agora é trair meus ideais e aquilo que sou, um ser humano livre.

Sou livre para discordar e concordar. Sou livre para errar e acertar. E como escreve o Apostolo Paulo: Tudo me é lícito mas nem tudo me convém." Deixo-me livre para odiar mas não convém. O ódio amarga a alma da gente.

Sou livre para perdoar, para amar, para viver. Viver o dia como se fosse o último, com doçura com os que amo. Mas sou livre e assim acredito ser, já que a religião no deixa embotados.

Sou livre, mas tenho a escolha de ser escravo de minha própria liberdade. Sou livre; mas quem me dera poder vomitar tudo o que tenho em mim que me desagrada e me oprimi. Mas não posso porque sou livre, entre aspas, e por isso serei politicamente correto.

Sou livre mas não posso falar o que penso estando certo ou errado. Não posso falar contra o homossexualismo porque se não serei taxado de homofobico. Não posso falar contra os negros porque se não serei chamado de racista. E não posso falar contra a religião se não serei chamado de ateu.
Sou livre para pensar. Não, não sou e não somos um povo livre. E nosso pais é um país de um povo hipócrita. Que os homossexuais trabalhem e ganhem seu lugar ao sol. Que o negro estude e rejeite a "quota para negros"; essa quota é preconceituosa para com o negro. E que a religião se emende e deixe de mamar na teta do povo pobre.

Sou livre mas pago o preço da liberdade. Agora já não falo mais. Escrevo e assino em baixo.

ASS: Gentil Pereira

sábado, 14 de julho de 2012

Eu acredito na fé

"Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, tempos mais devastadores por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."

(Ana Jácomo)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O estigma II



O DESACREDITADO E O DESACREDITÁVEL

Uma possibilidade fundamental na vida da pessoa estigmatizada é a colaboração que presta aos normais no sentido de atuar como se a sua qualidade diferencial manifesta não tivesse importância nem merecesse atenção especial. A manipulação da manifestação da informação oculta que desacredita o eu, ou seja, o "encobrimento", o ex-paciente mental esconde informação sobre sua identidade social verdadeira recebendo e aceitando um tratamento baseado em falsas suposições a seu respeito. A INFORMAÇÃO SOCIAL É uma informação sobre um indivíduo sobre suas características mais ou menos permanentes, em oposição a estados de espírito, sentimento e intenções que ele poderia ter em certo momento.

É transmitida pela própria pessoa a que de refere, através da expressão corporal da presença imediata daqueles que a recebem. Chamados de social à informação que possuem todas essas propriedades. A informação social transmitida por um símbolo pode estabelecer uma pretensão especial a prestígio, honra ou posição de classe desejada. Tal signo é popularmente chamado de "símbolo de status". Signos que são especialmente efetivos para despertar a atenção sobre uma degradante discrepância de identidade que quebra o que poderia de outra forma ser um retrato global coerente, com uma redução conseqüente em nossa valorização do indivíduo.

Alguns signos que trazem informação social, cuja presença, inicialmente, se deve a outras razões, têm apenas uma função informativa superficial. Há símbolos de estigmas que nos dão exemplo desse ponto: as marcas no pulso que revelam que indivíduo tentou suicídio; as marcas do braço viciado em drogas; os punhos algemados dos prisioneiros em trânsito. Ex-pacientes mentais e pais solteiros que esperam o filho compartilham um defeito que não é imediatamente visível; os cegos, entretanto, são facilmente notados.

A visibilidade é obviamente, um fator crucial. Já que através da nossa visão que o estigma dos outros se tornem evidente com maior freqüência, talvez o termo visibilidade não crie muita distorção. Ele deve ser diferenciado de três outras noções que são com freqüências confundidas com ele. Em primeiro lugar, a visibilidade de um estigma deve ser diferenciada de sua "possibilidade de ser conhecido", em segundo lugar a intrusibilidade e em terceiro o "foco de percepção". Em geral, então, antes que se possa falar de grau de visibilidade, deve se especificar a capacidade decodificadora da audiência.

 Na situação da pessoa desacreditável e o seu problema de ocultamento e revelação, foi necessário, em primeiro lugar, examinar o caráter da informação social e da visibilidade. A análise da interação social entre os estigmatizados e os normais não exigiu que os indivíduos envolvidos no contato misto se conhecessem "pessoalmente" antes de a interação se iniciar. Há uma idéia popular de que embora contatos impessoais entre estranhos estejam particularmente sujeitos a respostas estereotípicas, na medida em que as pessoas relacionam-se mais intimamente essa aproximação categórica, sede, pouco a pouco, à simpatia compreensão e à avaliação realística de qualidade pessoal.

 Assim, quer estejamos em interação com pessoas intimas ou com estranhos, acabaremos por descobrir que as marcas da sociedade ficam claramente impressos nesses contatos, colocando-nos, em nosso lugar. Por outro lado, as pessoas íntimas podem vir a desempenhar um papel especial na manipulação de situações sociais por parte do desacreditável, de tal maneira que quando a sua aceitação não for influenciada por seu estigma, as suas obrigações o serão. A identidade pessoal, assim como a identidade social, estabelece uma separação, para o indivíduo, no mundo individual das outras pessoas.

Essa divisão ocorre em relação aos que conhecem e os que não conhecem o indivíduo. O indivíduo que é conhecido por outros pode ter ou não conhecimento desse fato; as pessoas que o conhecem, por sua vez, podem saber ou não que o indivíduo conhece ou ignora tal fato. Por outro lado, entretanto, embora acredite que os outros não o conhecem, ele nunca tem absoluta certeza disto. Além disso, sabendo que o conhecem, ele deve, pelo menos até certo ponto, conhecer algo sobre eles; mas em caso contrário poderá ou não conhecê-los em relação a outros aspectos.

Quando um indivíduo está entre pessoas para as quais ele é um estranho completo e só é significativo em termos de sua identidade social aparente imediata, uma grande possibilidade com a qual ele deve se defrontar é de que essas pessoas comecem ou não a elaborar uma identificação pessoal para ele (pelo menos a recordação de tê-lo visto em certo contexto conduzindo-se de uma determinada forma) ou de que elas abstenham-se totalmente de organizar e estocar o conhecimento sobre ele em torno de uma identificação pessoal, sendo esse último ponto uma característica da situação completamente anônima.

Pode-se acrescentar que todas as vezes que um indivíduo entra numa organização ou numa comunidade, ocorre mudança marcada na estrutura do conhecimento sobre ele - sua distribuição e seu caráter - e, portanto, mudança nas contingências do controle de informação. A relação social ou o conhecimento pessoal é, necessariamente, recíproca, embora, é claro, uma ou mesmo ambas as pessoas que estão na relação possam temporariamente esquecer que são conhecidas, assim como uma delas ou mesmo ambas podem estar cônscias dessa relação mas ter esquecido, temporariamente, tudo sobre a identidade pessoal da outra.

Para uma pessoa famosa, "fugir" para um lugar onde ela possa "ser ela mesma" pode significar, talvez, encontrar uma comunidade onde não exista uma biografia sua. Ao se considerar a fama, pode ser útil e conveniente considerar a má reputação ou infâmia que surgem quando há um círculo de pessoas que têm um mau conceito do indivíduo sem conhecê-lo pessoalmente. A função óbvia da má reputação é a de controle social, do qual devem ser mencionadas duas possibilidades distintas.

A primeira delas é o controle social formal. Há funcionários e círculos de funcionários cuja ocupação é examinar com cuidado vários tipos de público em busca da presença de indivíduos identificáveis cujos antecedentes e reputação o tornou suspeito, ou mesmo "procurado" pela justiça.

Não há dúvida de que os meios de comunicação de massa desempenham um papel central, tornando possível que uma pessoa "privada" seja transformada em figura "pública". Parece que a imagem pública de um indivíduo, ou seja, a sua imagem disponível para aqueles que não o conhecem pessoalmente, será, necessariamente, um tanto diversa da imagem que ele projeta através do trato direto com aqueles que o conhecem pessoalmente.

Um indivíduo que porta algum tipo de estigma, portanto, pode descobrir maneiras para fugir da atenção hostil do público, através da manipulação da identidade pessoal.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/estigmatizacao-social/6480/#ixzz1xvV79EeR

Estigmatização Social


Por gentil Pereira

Este mês estarei escrevendo sobre estigma. Tanto o social como o religioso "espiritual" pois hoje sei que fui estigmatiza pelos meus pares.
O que pensam ou deixam de pensar sobre mim não me importa.No entanto minha doce e amada irmã outro dia fez uma prece linda arrancando todo o estigma imposto sobre mim.

Confesso que não senti o peso do estigma imposto mas ela via algo que a incomodava. Já me sinto maiss leve. A opressão social e religiosa é horrivel para quem não sabe se desvencilhar de tal mal. Agora estou escrevendo a segunda parte do estigma já que é um assunto imenso.

No decorrer da historia humana diversas culturas estipulavam status morais e sociais, os quais o indivíduo deveria seguir se não este seria marginalizado socialmente. Na Grecia antiga foi criado o termo estigma, este conceito estava relacionado a algum sinal corporal representava um status, seja ele bom ou ruim.

Estes quando representava uma característica ruim eram evitados, principalmente em lugares públicos. Nesta mesma vertente os cristãos criaram um estigma relacionado a dádivas celestiais. Segundo Goffman, sempre a sociedade tentou estipular uma identidade social comum entre as pessoas exigindo que respeitem esses atributos por ela estabelecidos, podendo o indivíduo sofre sanções caso não sejam compridas. Logo as primeiras pré-noções de um sujeito que nos é apresentado vai depender da sua identidade social que ele apresenta.

Fazemos afirmações daquilo que o indivíduo que esta a nossa frente deveria ser assim este caráter estabelecido a esse sujeito, pode ser uma categorização efetiva, uma identidade social virtual. Já as características que ele apresenta possuir são chamadas de identidade social real. Quando estipulamos um atributo a um estranho, o classificando como diferente dos outros, desconsiderando que este é uma pessoa comum, reduzindo-o a uma ser estragado e inferior, ou ate superior a nós, estamos aplicando nele um estigma.

E o que acontece, por exemplo, com o usuário de droga, a sociedade rotula o usuário com um indivíduo inferior, o estigmatiza levando-o assim a mais baixa casta social moderna, sendo este a pior vitima quando se torna um dependente da substancia. Neste ponto, Warley Belo pondera: "Toda via, o maconheiro não é uma entidade demoníaca, não vende sua alma ao diabo, não é o inimigo público número um ou um malandro a mercê do direito penal do inimigo, mas, apenas um usuário afetado por um vício maléfico a si próprio que precisa ser debelado com informações e ajuda profissional   (Belo, 2008, pag. 46)." O IGUAL E O INFORMADO

Segundo Goffman temos a identidade virtual e a identidade real, tanto conhecida com manifestada, afeta o indivíduo do convívio social de si próprio, tornando-o uma pessoa desacreditada. Isso abaixa a auto-estima do ser estigmatizado, porém este quando se depara com outro igual, que compartilha o mesmo estigma, poderá encontrar nesse apoio moral, pois sabendo do peso de carregar tal estigma pode propiciar a vida do indivíduo estigmatizado na sociedade, fornecendo refugio e amparo.

O artífice, continua neste sentido a desmembrar a vida em sociedade do estigmatizado, no engajamento destes em grupos de pessoas que compartilham do seu estigma, como os Alcoólatras Anônimos, grupo de ex-viciados, idosos, movimento negro, de ex-presidiários, comunidades étnicas ou religiosas; sendo que quando um membro de um grupo desses entra em contato com outro, os dois podem dispor-se a modificar o seu tratamento mútuo, devido à crença de que pertencem ao mesmo grupo.

Goffman mostra que o principal intuito desses grupos é mostrar aos outros tanto normais e estigmatizados que um indivíduo desse tipo pode ser uma boa pessoa. Neste quesito de informar aos outros sobre a situação do estigmatizado um representante grupo é essencial. Este pode ser uma pessoa que se destaca entre os estigmatizados e os normais, pode ser tanto um profissional ou um comum, que alcançou destaque causando repercussão na comunidade local devido ao seu estigma.

O autor considera que a dois conjuntos de indivíduos onde o estigmatizado pode encontrar apoio: os iguais; que são aqueles que compartilham do mesmo estigma, e os informados; que são normais que sabendo da condição do estigmatizado considera-o como uma pessoa comum, e o indivíduo que recebe o estigma não têm vergonha de mostrar sua situação. Os informados podem ser divididos em dois grupos: o primeiro diz respeito às pessoas que tem uma informação sobre o estigma com seu trabalho.

Um exemplo e o dos policiais lidam constantemente com criminosos, tendo que os policiais são as únicas pessoas, além dos outros criminosos, que o aceita pelo que ele é. Outro tipo de pessoa informada é o indivíduo que se relacionam com um estigmatizado através da estrutura social. A mulher de um paciente metal, a filha de um ex-presidiário, os pais do aleijado, o amigo não usuário do maconheiro; ocorre que estes adquirem um pouco desse estigma, mesmo não o possuindo, contudo por se relacionar com alguém que tem é tratado com tal.

Goffman trabalha na vertente de uma carreira moral do indivíduo estigmatizado, este no processo de socialização passa por duas fases iniciais; a primeira é quando ele aprende e incorpora o ponto de vista dos normais em relação de quem possui um estigma, e a outra se da quando ele aprende que tem um estigma e sofre as conseqüências de possuí-lo. Partindo dessa principio forma-se modelos que servem de base para um desenvolvimento posterior, desses modelos Goffman menciona quatro.

O primeiro modelo é daqueles que possuem um estigma inato, que desde pequeno aprende a visão dos normais em relação ao seu estigma particular, e padece do peso de telo, um órfão por exemplo.

O segundo vem da família que tende a proteger um ente seu com um estigma das informações que possam diminuí-lo. Porém chegara um momento onde este circulo protetor não suprirá o contato dessa pessoa com o mundo, como ir a escola, onde ele passara por suas primeiras experiências morais. É de se ressaltar que quanto mais visível for o seu estigma, maior será a probabilidade de ser enviado para uma escola de crianças especiais, para junto de seus iguais.

O terceiro modelo nos apresentado pelo artífice é os que adquirem um estigma numa fase mais avançada da vida ou aprende muito tarde que sempre foi estigmatizado. É exemplificado com quarto modelo aqueles que são socializados em uma comunidade diferente, e quando se depara com uma outra deve aprender uma segunda maneira de ser, aquela que as pessoas à sua volta acham válida e real.

Quando um indivíduo aprende que é portador de um estigma é provável que mude sua relação perante outros estigmatizados, pois em um único contato com outros iguais, é suficiente para ele perceber que existem outros iguais a ele, e no convívio com esse que compartilham do mesmo estigma, ele aprenderá mais sobre seu estigma, tanto é que uma pessoa recentemente estigmatizada aprende com os outros iguais a se relacionar com os normais, ao ponto desse novato similar os membros mais antigos do grupo com seres humanos comuns

Leia mais em:  http://www.webartigos.com/artigos/estigmatizacao-social/6480/#ixzz1xvT4Cs4k

Estigma, um fenômeno.I

Os estigmas são cada um dos cinco sinais que aparecem no corpo, nos mesmos pontos onde ocorreu a crucificação de Jesus Cristo, isto é, pés, punhos e tórax. Reproduzem as cinco chagas de Jesus.

Pelo que se tem conhecimento, o primeiro estigmatizado foi São Francisco de Assis (1182-1226), sendo que suas marcas perduraram por dois anos. Ao longo do tempo o estigma já se manifestou em milhares de pessoas, em diferentes regiões do mundo.

Alguns cientistas colocam a hipótese dos estigmatizados usarem ácido carbólico (fenol) para produzirem a suas chagas. Ainda podem ser usadas outras substâncias, não-ácidas, que reagem e aparentam ser sangue. O que ludibria muitos crentes.

Não existe nenhum fundamento científico para a ocorrência dos estigmas, assim como as ocorrências passadas ao longo da História não foram até hoje provadas cientificamente ou submetidas a escrutínio científico, sendo que não podem ser consideradas, sob este ponto de vista, totalmente verídicas.

Deístas e crentes tomam os estigmatizados como pessoas cuja fé extraordinária, conduta ética praticamente irrepreensível (ou "virtudes cardeais", segundo a doutrina católica), adoração ao Cristo e, especificamente, sua crença íntima nas chagas do Salvador como símbolo máximo de honra transcendental, os fez aproximarem-se da misericórdia de Deus a tal ponto que este, em um ato milagroso, atribuiu-lhes as chagas como sinal de reconhecimento por tais méritos.

É uma figura bastante representada na sexta-feira santa. O conceito atual é mais amplo; considera-se estigmatizante qualquer característica, não necessariamente física ou visível, que não se coaduna com o quadro de expectativas sociais acerca de determinado indivíduo. Todas as sociedades definem categorias acerca dos atributos considerados naturais, normais e comuns do ser humano. O indivíduo estigmatizado é aquele cuja identidade social real inclui um qualquer atributo que frustra as expectativas de normalidade. O significado que Erving Goffman (1922-82) lhe atribuiu na obra Stigma - Notes on the Management of Spoiled Identity, de 1963, distingue três tipos de estigma: as deformações físicas (deficiências motoras, auditivas, visuais, desfigurações do rosto, etc.), os desvios de carácter (distúrbios mentais, vícios, toxicodependências, doenças associadas ao comportamento sexual, reclusão prisional, etc.) e estigmas tribais (relacionados com a pertença a uma raça, nação ou religião).

Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Estigma_(fen%C3%B4meno)

Misericórdia, senhor!

- Misericórdia, senhor! - grita um menino na calçada ao ver um distinto homem passar.
- O que você quer menino?
- Um pouco de dinheiro ou comida.
- Peça para outro, garoto, pois estou com muita pressa.
- Mas, senhor, minha mãe e meus irmãozinhos estão necessitados.
- Quantos irmãos você tem, garoto?
- Tenho dois, senhor.
- Olha, menino, eu não tenho tempo para ajudar. Estou muito atrasado. Vá perturbar outro!
- Desculpe, senhor, posso fazer uma pergunta?
- Sim, faça logo a pergunta.
- O que está escrito na capa deste livro que carrega?
- Bíblia Sagrada.
Falando isso aquele homem prossegue em seu caminho.
Que possamos meditar nas Palavras de Jesus Cristo: Mateus 25.41-45.
Fonte: A Palha.


Por: Felipe M. Nascimento

terça-feira, 19 de junho de 2012

Estou cansado.

por Gentil Pereira


Estou cansado. Cansei de discutir com cristãos e ateus a verdade tanto de um como a do outro.
Afirmo que o nosso evangelho não é o mesmo que o de Jesus, e o nosso cristianismo não é o do
Cristo pregado em uma cruz para redimir os pecados do mundo. 

O propósito mitologico de um homem santo ter aparecido nesta terra "esquecida 
por Deus" foi o 
de salvar o homem de sí mesmo e não de dar a ele dinheiro, saúde, mulher, casa, 
carro, vida abundante e outras coisas mais...

Cansei de discutir assuntos relevantes com teólogos sábios e inteligentes só para 
me humilharem 
e dizerem que eu não sei nada sobre a bíblia. Quero viver sem culpa, sem peso 
religioso, sem medo do inferno. Não tenho medo do inferno.

Já vivo o inferno em vida todos os dias tentando provar para meus pares que eu não 

sou ateu, não sou herege e não sou assim tão cético. Mas minhas preferências religiosas
 tomam um rumo diferente dos demais.

No entanto só quero abraçar o pobre sem ter que recrimina-lo pela vida que ele leva  dizendo

 que ele vai para o inferno se não aceitar a Jesus... O coitado precisa de comida 
e uma cama para dormir e não de recriminações religiosas como fazemos.

Como cristão é meu dever abraçar os necessitados mas não abraço. 

Como cristão é meu dever visitar os presos mas não visito.

Como cristão é meu dever morrer para mim mesmo mas não morro.
Como cristão é meu dever dar a face esquerda para quem bater na direita, mas faço?

Como cristão é meu dever ouvir mais os necessitados mas mais falo...
Como cristão é meu dever mais dar do que receber, e faço? 

Não!  Estamos sempre querendo mais do Reino dos Céus. 


Que Deus me ajude, pois estou muito cansado.

domingo, 17 de junho de 2012

Minha preferência religiosa.

por Gentil Pereira


Prefiro viver com os pobres a me banquetear com os ricos supérfluos. Aos pobres posso dar o que tenho sem preocupação de retribuição financeira. A retribuição do rico é cobrança futura, e a do pobre é amor e respeito.

Prefiro andar descalço ou de chinelos a sapatinho-de-fogo. Se Deus dá o sapatinho-de-fogo quero o meu de ouro. Mas prefiro chorar com os que choram a rir da desgraça dos outros.

Prefiro visitar os órfãos, viúvas e os encarcerados e não colocar no Facebook a esbanjar sorriso apostólico em uma igreja abarrotada de gente ávida por ver milagres comprados.

Prefiro dormir tarde ouvindo Titãs " Epitáfios"; a perder a noite de sono em louvorzão que não louva nem a mim mesmo que dirá a Deus que quer não sacrifícios mas misericórdia.

Prefiro ser chamado de herege e ter a consciência de estar no caminho certo, a dúvidas e incertezas que me levarão ao inferno-interior em saber o que fazer, mas privar-me de fazê-lo por medo de morrer queimado.

Prefiro estar e ser contado entre as prostitutas, ladrões, mentirosos, doentes mentais, políticos, palmerenses e assassinos a ser visto fazendo média com meus pares, recebendo palmadinhas nas costas.

Prefiro ser contado entre os ateus a bajulação dos religiosos. Longe de mim enxergar de outra forma os leprosos, os ateus, e os viciados, são filhos de Deus sim; seres humanos a serem respeitados e amados.

Prefiro e não seria de outra forma pois a religião é veneno e escraviza a alma e a mente do indivíduo.



Que Deus nos Ajude!

sábado, 16 de junho de 2012

O câncer

por Gentil Pereira

Fui visitar um amigo evangélico assim como eu, que está muito enfermo. Quando o ví jogado naquele leito de dor caí aos pés da cama e chorei. Fiz uma prece em silêncio pois as lágrimas calaram minha voz. O que dizer ao enfermo numa hora dessa quando a morte está a espreita? Muito mais a um homem que a bem pouco mais de dois meses esbanjava saúde, orava pelos enfermos, visitava os presos, as viúvas os órfãos?

E é neste ponto que me detenho pensando nos questionamentos que esse homem pode estar fazendo agora neste momento. A mente deste velho amigo pode estar fervilhando de dúvidas e incertezas causadas na verdade pela religião. "- Foi o pecado do passado, sim só pode ser..."  "-eu estava servindo a Deus errado e agora ele me castiga. É castigo de Deus!"

Eu não tenho resposta para todas as perguntas. Mas o fato é que a vida nos prega peças terríveis e Deus está interessado não na minha doença mas sim como é que eu vou me comportar diante dela. Nestas circunstâncias tenho dois caminhos a escolher. Ou me endureço  diante da dificuldade ou me deixo amolecer. Na maioria das vezes deixamos o azedume tomar conta de nossas almas. Um ateu já disse uma verdade em sua poesia
"tinha uma pedra no caminho" Leiam:

" No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."
(Carlos Drummond de Andrade)

E o que fazer com essa pedra que está, estava no caminho? Tira-la e continuar o caminho ou subir nela e fazer dela um palanque. Tantas coisas se pode fazer com uma pedra. Davi a usou para derrubar um gigante. Como está fazendo esse meu doce amigo. Aprendendo no sofrimento e nos ensinando na morte a viver dia a dia com amor e gratidão.

Esses dias ele me disse que não merecia tanto amor e carinho. Que muitas vezes foi egoísta e não compartilhou do tempo que tinha e o que fez ao próximo foi tão pouco. Mas em dois meses sem falar uma palavra, deitado e com dores nos transmitiu mais doçura do que em toda a sua vida de amor e gratidão.

Irmão Osvaldo. Só quero dizer que eu te amo e oro para que Deus te dê graça para vencer mais essa batalha interior.

E que Deus nos Ajude!


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Europa X Islã.(uma liberdade interrompida)



por Gentil Pereira


Como o assunto me atraiu bastante neste mês, ponho-me a estudar o tema com mais atenção. Alguns tem o Islamismo como uma bomba amarrada ao corpo podendo explodir a qualquer momento; outros vêem os muçulmanos como seres humanos em busca de oportunidades de sobrevivência na Europa e no Brasil. Os discursos são calorosos tanto de um lado como do outro.

Como sempre disse: " Para convencer as pessoas de nossas idéias basta bons argumentos"   Frase que odeio, mas que vem se tornando pura verdade.

É certo que o Islamismo como religião vem crescendo em todo o mundo e que alguns se levantam para reprimir tal religião. No entanto se esquecem que a religião é feita de homens, mulheres e crianças ávidos por sobreviver e nem todos são iguais.

Na defesa da liberdade de expressão no mundo, creio que devemos levantar uma bandeira e haste-a-la  bem alto sem medo de recriminação. Os eleitores suíços(como todo o mundo sabe)aprovaram uma lei islamofóbica proibindo a construção de minaretes no país. Não existe justificativa.

Seria como não permitirem torres de igrejas com sinos em um país majoritariamente islâmico. Afinal, existem igrejas na Turquia, no Egito, na Síria, nos territórios palestinos. Sem falar nas imagens no Líbano, com os minaretes ao lado de cruzes. Certamente, alguns dirão que na Arábia Saudita não existe igreja. Verdade, e seria lamentável a Suíça querer se equiparar a esta monarquia medieval.

Existe também questão dos dois pesos duas medidas.

Na França, proíbem mulheres muçulmanas de cobrir a cabeça. Mas por que apenas as muçulmanas são alvejadas? Lembro que até hoje cristãs cobrem a cabeça em cidades menores da Espanha e da Grécia. Judias ortodoxas usam perucas.

A saída está na liberdade para as pessoas agirem da forma como quiser, como acontece nos Estados Unidos. Se uma mulher for obrigada a cobrir a cabeça por um pai ou irmão, o tema deve ser levado para autoridades. Mas se outra mulher quiser cobrir a cabeça com o véu por iniciativa própria, isto é problema dela apenas.

A decisão da Suíça, que carrega uma cruz em sua bandeira, é uma “desgraça”, conforme bem escreveu o New York Times em editorial de hoje. O jornal acrescenta ainda que os muçulmanos representam apenas 6% da população suíça e são originários de Kosovo e Turquia. Até hoje, não foram registrados problemas envolvendo seguidores do islã no país.

Mas ainda assim lemos aqui e alí atitudes desmedidas de islamofôbicos.

Que Deus nos ajude!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Por que deixei de crer em Deus e como estou voltando a crer nele


Não sou brasileira, mas sou quase. Meus pais Alfons e Helga saíram de Hamburgo em abril de 1990, quando meu irmão Wolfgang e eu éramos crianças de 10 e 3 anos, respectivamente, e se instalaram em Salvador, Bahia. Desde Hamburgo meus pais eram luteranos, e mantiveram a religião na Bahia, apesar da forte presença católica e das religiões afro-brasilienses. Cresci ouvindo falar em Deus como um controlador do universo, a quem os seres humanos devem obediência e medo. Sempre ouvia falar na igreja que Deus é quem permite ou proíbe que as coisas aconteçam em nossa vida. Me lembro de uma vez num sermão o reverendo comparar Deus a um controlador de voo, responsável por manter os aviões no ar. Nesse dia me lembro de ter falado ao meu pai: mas os aviões caem... 

Crescemos e fomos para o bairro da Moóca, em São Paulo, sempre com a visão de Deus como o controlador do Universo. Eu, por ter ido para o Brasil bem nova não tive muitos problemas com o idioma, ao contrário de meu irmão que, assim como meus pais, não entendiam o uso dos artigos e pronomes com substantivos masculinos e femininos, o que os levava a falar coisas com "meu casa", "meu mãe", "minha pai", "a namorado de meu irmã", "meu cunhada" e coisas assim, o que sempre era motivo de piada entre os amigos brasileiros. 

Em 2004, meu irmão resolveu fazer faculdade. Aos 24 anos achou que poderia seguir carreira em São Paulo mesmo, já que meus pais não pensavam em voltar para a Alemanha e ele também não tinha o menor interesse em voltar. Se sentia muito bem no Brasil. Nós no sentíamos bem. Iniciou, em fevereiro, o curso de Publicidade e Propaganda no Presbiteriano Mackenzie, uma das melhores faculdades de São Paulo. Havia acabado de adquirir um carro. Tinha uma belíssima namorada brasileira, que era modelo na época. Ele estava muito feliz com a vida. Falava que era um "quase brasileira", e fazia os amigos rirem com isso. Meu irmão e eu nos dávamos muito bem. Ele era meu melhor amigo e eu era a melhor amiga dele, a ponto de confidenciarmos um com o outro coisas que nem nossos pais sabiam. Ele me ensinou a dirigir e eu o ensinava a falar português. Nós nos amávamos muito. Eu o tinha como um herói, e ele me via como uma boneca de porcelana, com ele mesmo dizia. 

No dia 27 de maio de 2004, ao sair da faculdade, meu irmão foi abordado por três homens que o mandaram entregar o carro. Sem esboçar qualquer reação meu irmão lhes entregou a chave e se afastou. Ao entrar no carro, um dos homens acertou meu irmão com um tiro que foi fatal: na mesma hora ele caiu morto em frente a faculdade. Naquele dia eu perdia uma das pessoas mais importantes da minha vida: Wolfgang Rudolph Jung Hoffmann, o Wolf, meu irmão a quem eu tanto amava, que morreu aos 24 anos. A família entrou em crise: meus pais se desesperaram, meus tios pensaram em fazer justiça com as próprias mãos. Mais ainda: minha crença em Deus se esvaziou por completo. Eu, uma adolescente de 17 anos totalmente descrente de Deus. Me lembro de ter dito: que Deus controlador é esse que permite um rapaz tão cheio de vida como meu irmão morrer de uma forma tão injusta? Ninguém me respondia. Na catedral luterana o reverendo dizia apenas: "deus quis assim". Quis assim como? Ele fica feliz com a desgraça da família dos outros? Onde fica o tal amor que a Bíblia tanto fala?

Para encurtar a história, nos mudamos para o interior de SP em 2004 mesmo e em 2005 voltei para São Paulo, para morar sozinha e iniciar minha vida com meus próprios braços. Em dezembro de 2009 minha família resolveu voltar para Hamburgo, Alemanha. O Brasil, essa terra abençoada de gente alegre, era doloroso demais para minha mãe, que lamenta por ter passado uma tragédia tão grande num país tão bonito. E eu que não tinha nada a perder voltei também, mas agora para Berlin, onde vivo hoje.

Desde que meu irmão se foi perdi totalmente a fé em Deus. Fiquei depressiva. Precise de acompanhamento psiquiátrico. Tive crises emocionais. Tinha momentos terríveis em que precisava ser socorrida por estar em uma crise nervosa. Me lembro de um dia, já em Berlin, durante uma crise emocional onde eu gritava de desespero eu dizer: dá pra sair da minha vida, Deus? Você já me trouxe prejuízos demais. E assim vivi. Não queria correr o risco de crer num Deus que eu pensava proteger os que amo e ter de conviver com novas tragédias. 

Agora, depois de viver e estar totalmente estabilizada aqui, começo a ver Deus de uma outra forma. Li o livro de um teólogo chamado Jurgen Moltmann e venho lendo algumas coisas sobre Deus escritas  por alguns líderes religiosos brasileiros. Um deles é o reverendo Ricardo Gondim, da Igreja Betesda em São Paulo. Estou descobrindo uma outra forma de ver Deus: ele não tem nada a ver com os acontecimentos humanos. Deus não controla nada, mas ama os seres humanos e lhes apoia nos momentos difíceis. Há alguns dias atrás, depois de ouvir um dos sermões do rev. Gondim pela internet cheguei à conclusão: Deus não teve nada a ver com a morte do Wolf, pois ele não permitiu nada, mas foi ele quem me ajudou a aguentar viva quando eu tentei tirar minha vida 15 dias após a morte dele. Comecei a chorar na hora. Pedi perdão a Deus por te-lo culpado pelas desgraças da minha vida. Espero que ele me perdoe por isso! 

Ainda tenho várias dúvidas sobre Deus. E até hoje não me recuperei do trauma da morte do Wolf, mas aos poucos as coisas estão se encaixando. Mas independente de uma coisa e outra agora estou me sentindo melhor comigo mesma. Hoje faz exatamente 8 anos que meu irmão se foi, e é o primeiro ano que passo o dia inteiro sem qualquer crise depressiva. Ainda relembro a cena que vi quando cheguei em frente à faculdade, mas lido melhor com isso. Entendo que todos estamos sujeitos à tragédia.

Espero que esse texto seja mais um passo rumo à cicatrização dessa ferida tão dolorosa. 

 

Ler, tarefa difícil


José Saramago
Leio Saramago. Dono de um texto recheado de percepções sutis, sua pena é ágil. Saramago tem magia, suas provocações tanto se eternizam como se universalizam.
Resolvi copiar um trecho de A Caverna.
Entendo que ler, tarefa difícil, implica em ir além.
Mas qual além?
Deixemos que  o próprio Saramago diga no diálogo entre Cipriano Algor e Marta, a filha:
“Vivi, olhei, li, senti, Que faz aí o ler, Lendo, fica-se a saber quase tudo, Eu também leio, Algo portanto saberás, Agora já não estou certa, Terás então de ler doutra maneira, Como, Não serve a mesma para todos, cada um inventa a sua, a que lhe for própria, há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados às página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é que importa, A não ser, A não ser, quê, A não ser que esses tais rios não tenham duas margens, mas muitas, que cada pessoa que lê seja, ele, a sua própria margem, que seja sua, e apenas sua, a margem a que terá que chegar…”
[A Caverna, Cia das Letras, 2011, pg 77]

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Devemos comemorar o Natal?

Muito se tem falado contra o Natal. Os principais argumentos são origens pagãs ou católicas, a influência mercadológica nos dias de hoje e uma suposta violação do princípio regulador do culto. Apesar de haverem pontos válidos, no VE não cremos que haja qualquer impedimento bíblico para os cristãos comemorarem o nascimento de Cristo – atenção, comemorar o nascimento de Cristo – em uma data qualquer (ou no dia 25 de Dezembro). Iremos abaixo apresentar resumidamente alguns argumentos e referências sobre o assunto.
Em 2010 postamos um texto de John Piper onde ele trata sobre a relevância da origem pagã do Natal. John MacArthur respondendo a pergunta “os cristãos devem celebrar o natal?” argumenta:

As Escrituras não ordenam especificamente que os crentes celebrem o Natal — não há “Dias Sagrados” prescritos que a igreja deva celebrar. De fato, o Natal não era observado como uma festividade até muito após o período bíblico. Não foi antes de meados do século V que o Natal recebeu algum reconhecimento oficial.
Nós cremos que o celebrar o Natal não é uma questão de certo ou errado, visto que Romanos 14:5-6 nos fornece a liberdade para decidir se observaremos ou não dias especiais:
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus (Romanos 14: 5-6).
De acordo com esses versos, um cristão pode, legitimamente, separar qualquer dia — incluindo o Natal — como um dia para o Senhor. Cremos que o Natal proporciona aos crentes uma grande oportunidade para exaltar Jesus Cristo.


Mark Driscoll diz que quando se trata de questões culturais os cristãos têm três opções: Rejeitar, Receber ou Redimir.

Receber – Há coisas na cultura que fazem parte da graça comum de Deus a todas as pessoas, as quais um cristão pode simplesmente receber. É por isso que, por exemplo, estou digitando em um Mac e vou postar neste blog na internet sem ter que procurar um computador ou um formato de comunicação expressamente cristãos.
Rejeitar – Há coisas na cultura que são pecaminosas e não benéficas. Um exemplo é a pornografia, que não tem valor redentor e deve ser rejeitada por um cristão.
Resgatar – Há coisas na cultura que não são ruins em si mesmas, mas podem ser usadas de uma forma pecaminosa e, portanto, precisam ser resgatadas pelo povo de Deus. Um exemplo que teve grande repercussão na mídia é o prazer sexual. Deus fez nossos corpos para, entre outros fins, o prazer sexual. E, embora muitos tenham pecado sexualmente, como cristãos, devemos resgatar este grande dom e todas as suas alegrias, no contexto do casamento.


Dentro dessa perspectiva, há aqueles que rejeitam o Natal (e não há problema nenhum, desde que se atentem as repreensões de Paulo em Romanos 14). Cremos, contudo, que temos a oportunidade de resgatar esta festividade, usando-a para os seguintes fins:

Primeiro, a temporada de Natal nos lembra das grandes verdades da Encarnação. Recordar as verdades importantes sobre Cristo e o evangelho é um tema prevalecente no Novo Testamento (1 Coríntios 11:25; 2 Pedro 1:12-15; 2 Tessalonicenses 2:5). A verdade necessita de repetição, pois nós facilmente a esquecemos. Assim, devemos celebrar o Natal para recordar o nascimento de Cristo e nos maravilhar ante o mistério da Encarnação.
O Natal também pode ser um tempo para adoração reverente. Os pastores glorificaram e louvaram a Deus pelo nascimento de Jesus, o Messias. Eles se regozijaram quando os anjos proclamaram que em Belém havia nascido um Salvador, Cristo o Senhor (Lucas 2:11). O bebê deitado na manjedoura naquele dia é nosso Senhor, o “Senhor dos senhores e Rei dos reis” (Mateus 1:21; Apocalipse 17:14).
Finalmente, as pessoas tendem a serem mais abertas ao evangelho durante as festividades de Natal. Devemos aproveitar desta abertura para testemunhar a eles da graça salvadora de Deus, através de Jesus Cristo. O Natal é principalmente sobre o Messias prometido, que veio para salvar Seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21). A festividade nos fornece uma maravilhosa oportunidade para compartilhar esta verdade.
Embora nossa sociedade tenha deturpado a mensagem do Natal através do consumismo, dos mitos e das tradições vazias, não devemos deixar que estas coisas nos atrapalhem de apreciar o real significado do Natal. Aproveitemo-nos desta oportunidade para lembrar dEle, adorá-Lo e fielmente testemunhar dEle.


E que Deus nos Ajude!

domingo, 20 de maio de 2012

O universo é infinito.


Eu acredito que o universo é infinito, e que Deus o criador criou tudo, por ser um ser Perfeito, o universo também é, entendo que a bíblia diz a respeito da criação em metáforas, o que corresponde a 7 dias, seria a 6 eras geológicas (Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica,Mesozoica, Cenozoica e a que vivemos hoje). O sétimo dia, Deus descansou. Sendo nessas eras construído todo o processo de evolução até os dias de hoje.

Assim, como na genética, onde os filhos herdam genes dos pais, a natureza e a humanidade em si, possuem a essência de Deus,e caminhamos "evoluindo", porém nós humanos precisamos encontrar essa essência (mas isso será assunto para outra parte).

Bom mas aí você se pergunta, se Deus criou tudo, quem criou Deus? Para essa pergunta conclui que Deus é um ser infinito, ele criou tudo, ele é tudo, mas nós humanos somos seres Finitos, nossa capacidade de pensar é limitada, por isso nosso pensamento é polarizado, ou seja, achamos que tudo tem um oposto, exemplo:
Homem - Mulher
Bem - Mal
Bonito - Feio
Rico - Pobre
Por isso criamos a existência do "nada", o vazio absoluto, só para suprir a necessidade da existência de um não ser, então se falamos que antes de Deus existiu Nada, estamos assumindo a existência de nada, e isso seria um paradoxo, já que o  nada  não existe, pois não existe um vazio absoluto.

Logo, Deus não foi criado, ele sempre existiu, ele sempre foi e sempre será, ele simplesmente É! Como escrito nessa frase de Mahatma Gandhi: "Deus é puríssima essência. Para os que têm fé nele, Deus simplesmente é."

Então, Deus é infinito, como diria Camões: "Uma verdade que nas coisas andam, que mora no visível e no invisível!" 

Assim, concluo que nas minhas reflexões, Deus é o Tudo e ao dar origem a vida ele está em tudo, e como está em tudo, tem o poder de modificar  e intervir em algo quando quiser, mas na maioria das vezes deixa o sistema seguir pelas próprias regras que ele mesmo fez, ação, reação... evolução! Como diz um amigo: " O universo faz parte de Deus e Deus contém o universo e vise versa."



E que Deus nos ajude e conspire ao nossa favor.