Bem Vindo


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sábado, 17 de setembro de 2011

Comentário do Bispo gera mau estar entre religiosos...

por gentil pereira


Ana Paula Valadão Responde Edir Macedo que disse: Cantores Gospel são Endemoniados

O bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, fez uma declaração no mínimo polêmica sobre grupos de música gospel. “Quando vejo um crente fazendo sucesso por aí, é tudo emoção, não tem nada de Deus. Não vou errar se falar: 99% desse pessoal que canta por aí, é tudo endemoninhado, tudo perturbado.”, disse o bispo em programa da IURD TV.

A declaração foi feita quase ao mesmo tempo em que o líder da Igreja Universal foi denunciado pelo Ministério Público por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

De acordo com a coluna de Ricardo Feltrin, do site F5, o bispo e outro líderes da Igreja Universal que participaram do programa criticaram especificamente a cantora evangélica Ana Paula Valadão, do grupo Diante do Trono, uma das bandas mais conhecidas e tocadas no meio evangélico brasileiro.

“Outro dia um pastor botou a mão na cabeça dela e ela caiu no chão", provocou bispo Márcio, da Universal, durante programa ao lado de Macedo.

Ana Paula Valadão rebateu as críticas no Twitter. "Interessante ser criticada por me render de corpo e alma em adoração na presença de Deus... até me regozijo por isso; não me deixarei intimidar", postou.

As declarações de Macedo causaram revolta dos fãs do Diante do Trono, pois os líderes da Igreja Universal usaram a cantora Ana Paula Valadão como exemplo de cantores evangélicos que são “possessos por demônios”.

O diabo promove dentro das igrejas cantores que fazem grande sucesso, “mas é uma mensagem subliminar para iludir os crentes”, afirmou Macedo.

Vários cantores evangélicos responderam aos ataques de Edir Macedo por meio do Twitter. O cantor André Valadão postou: “Não tenho dificuldade em falar sobre a IURD afinal, #IgrejaUniversalNãoéEvangélica @BispoMacedo o Macalister não te ensinou o que tens feito”, escreveu o irmão de Ana Paula.

“Escrevi e apaguei, escrevi e apaguei de novo, não tem nem o que dizer em relação a IURD , lamentável Bp Macedo, lamentável…”, tuitou a cantora Lydia Moisés que foi apoiada por Jairinho Manhães, esposo da cantora Cassiane.

Mauro Henrique, vocalista da banda Oficina G3 usou de ironia ao falar sobre o caso. “(…) ainda mais depois de saber que o Edir Macedo me chamou de endemoniado! Hahaha. Vem expulsar então!!! Kkkkk”.

Ainda no Twitter, segundo o periódico O Diário, membros de várias denominações também se manifestaram contra as palavras dos bispos da IURD e alguns usaram a hashtag #IgrejaUniversalVergonhaAlheia.

Macedo já havia criticado a música gospel em sua biografia lançada em 2007.

Apesar do ataque, Macedo e a Universal também têm uma gravadora de música gospel, a Line Records. O selo New Music, pertencente à gravadora, lançou artistas como Banda Audiolife, Jessyca e Robinson Monteiro.

Que Deus nos ajude!

Em mim há dois caminhos


Por gentil pereira

Em mim há dois caminhos. O do bem e o do mal. Procuro trilhar o caminho do bem, mas o mal me atrai constantemente. Vez ou outra cometo deslizes; coisa boba do dia a dia de um ser humano. Azedume de alma, rancor, ressentimento, raiva.

Eu minto. Confesso que para proteger amigos, ou a mim das lapadas externas. Chego a mentir.

Dizem que o bem sempre vence o mal, fosse assim em minha vida essa que deveria ser uma constância. Mas muitas vezes eu deixo o mal vencer em meu coração e dou o braço a torcer, mesmo sabendo que o mal se paga com o bem, eu não consigo.

Por vezes vencesse a luta hercúlea em mim e eu pagasse o mal com o bem. Como minha alma ficaria lavada.

Mesmo sabendo que a maior vingança é retribuir o mal com o bem… quem está do outro lado se sente tão pequeno com o mal feito a mim quando pago com o bem, que enfim nasce uma durável amizade.

Em mim há dois caminhos, o do bem e o do mal. Quem haverá de vencer no final? Oras, é sabido que vencerá a luta, quem eu mais alimentar. Se alimentar o bem em mim, ele ficará forte e robusto e na hora da luta esmagará o mal. No entanto se eu me tornar displicente e der de comer ao mal em mim, ele tão somente esmagará o bem natural de minha alma.

Por isso, eu é que escolho e faço minha aposta. O bem sempre vencerá a batalha travada no dia a dia de minha existência. Á ele alimentarei como um cão dossel…

Que Deus me ajude!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Como é difícil pensar fora da caixa

Os mais idosos ganham certos direitos com a idade. Não precisam esperar em filas, têm desconto nas bilheterias dos teatros e, no Brasil, não pagam passagem de ônibus. Envelhecer tem outras vantagens menos óbvias. Os mais experientes ganham o privilégio, por exemplo, de se zangarem. Permitimos que reclamem dos barulhos inconvenientes, de casa mal arrumada e de outros detalhes que chateiam.

Estou longe de tornar-me um velho, mas já reivindico pelo menos um privilégio: quero o direito de me aborrecer com pessoas preguiçosas para pensar. Descobri também um horror: o universo dos indolentes mentais é muito maior do que jamais imaginei. Dou exemplo. Um aluno de teologia visitou meu site e mandou a seguinte mensagem:

“Ricardo, meu professor advertiu-me que você vem escrevendo muitas heresias e que eu devo fugir de sua influência perniciosa. O que você tem a me dizer? É verdade”?

Confesso que meu sangue cearense, “cabra da peste”, ferveu. Tive vontade de jogar qualquer escrúpulo às favas, vestir o uniforme de idoso, e responder ao noviço: “Senhor bobão, você acabou de acessar um site com centenas de textos que escrevi nos últimos quatro ou cinco anos. Por que não se dar ao trabalho de ler e tirar, por você mesmo, algumas conclusões?”.

Imaginei que feriria a sensível piedade do jovem. Apaguei a mensagem, contei até dez e não respondi nada. Mas fiquei remoendo, com vontade de escrever uma única frase: “Realmente, não parece justo que haja tanto empecilho para a liberdade e que seja tão fácil aceitar cabrestos”.

Pensar não é difícil. Pode ser perigoso, mas não é complicado; pode ser trabalhoso, mas não é proibido.

Prefiro correr o risco de me expor às ameaças de um grupo que me rotula como herege peçonhento a ser encabrestado por um mestre obtuso e preconceituoso. É muito mais digno ter opinião própria do que regurgitar preconceitos mal digeridos por alguém.

A religião tenta preservar-se. Para isso, cria “guantánamos”. Os “Galileus”, que ousam afirmar suas constatações, são odiados por sacerdotes até que se retratem.

Quando alguém se arrisca e pisa fora do quadrado, é caçado, como João Huss que não se conformou com as viseiras farisaicas que lhe foram dadas. Alguns, como Martin Luther King, que não se curvou ao status quo, precisam sumir.

A religião de certezas não tolera uma espiritualidade que aceite quaisquer incertezas. O fariseu precisa de sistemas herméticos para que sua opinião permaneça. Na base da certeza religiosa está a escassez de diálogo. Merecem castigo os que se abrirem à verdade que não consta nos autos de fé. Diante do dogmatismo, quem se atreve a pedir explicações ganha o exílio.

A elite eclesiástica rotula de apóstata quem tenta olhar por cima das cercas dadas. Ela acha danoso ver se há vida fora do seu pequeno catecismo. Ao religioso não interessa defender o livre pensar. Melhor criar um ambiente de ojeriza aos “rebeldes” para que se duvide o que eles afirmam antes de mesmo de ser dito.

Lamentavalmente, o problema não vem só do censor. Nem todos gostam da liberdade, alguns preferem a canga, o jugo do espírito de manada; cabisbaixos, obedecem, odeiam, rejeitam, sem questionar.

Há momentos em que as prerrogativas do velho me dão vontade de gritar: “Pense, amigo. Por favor, pense!”. Outras vezes fico piedoso e quero, de joelhos, implorar: “Meu irmão, leia; busque adquirir a maior riqueza que alguém pode possuir: o bom senso”.

Acho que já tenho idade de confessar nervosismo com gente que se deixou massificar pelo ambiente religioso. Aprendi na internet o hashtag #faleiepronto; então, vai lá o meu: “Não suporto mais conversar com pessoas que se contentam em repetir jargões e não têm coragem de assumir todas as consequências do que acabaram de dizer“.

Mesmo que fique cada dia mais complicado ler mensagens iguais às que recebi do jovem seminarista, estou decidido: vou continuar. Repartirei ideias, percepções e sentimentos que me são caros. Meu único desejo é contribuir com nossa humanização.

E que Deus me ajude!


fonte: http://www.ricardogondim.com.br/estudos/como-e-dificil-pensar-fora-da-caixa/