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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Quem são meus amigos?


por Gentil P. do'Santos

" já não vos chamarei de servos mas sim de amigos"  texto bíblico

Olha, fechei a porta da minha casa. Agora só entra quem é meu amigo. E Quem são eles? Os que mesmo sabendo dos meus erros, não me joga na cara, antes me ajudam nas fraquezas.

Quem são meus amigos? Os que não ficam dando tapinhas nas minhas costas dizendo: "-como eu amo você!" "- quanta saudade eu sinto de você!" Mas na hora de me estender a mão me viram as costas.

Quem são meus amigos? Os que me amam e estão sempre juntos mesmo na distância. Meus amigos são os que choram a minha dor e se alegram com minhas vitórias.

Quem são meus amigos? Os que não falam o que gosto de ouvir mas sim o que preciso. Meus Amigos eu reconheço de longe, sinto o cheiro pairando no ar. Meus amigos não falam mal de mim mas escondem minha podridão ao invés de jogar no ventilador. Me ajudam a caminhar servindo como apoio.

Quem são meus amigos? Os que nunca me magoaram dizendo e fingindo serem, esses são meus amigos. Lembrei-me do poema de Machado de Assis e nele me inspiro, diz ele:

"Benditos sejam
os amigos que te apontam a realidade.
porque amigo é a direção.
Amigo é base
quando falta-nos o chão.

Bendito sejam todos os amigos
de raízes,verdadeiras.
Porque amigos são herdeiros
(...)

Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas tem espinhos.
Há outras que sorriem por saber que os espinhos tem rosas."

Quem são meus amigos?

terça-feira, 31 de julho de 2012

O sofrimento faz parte da vida.

por Gentil Pereira dos Santos

Dentro dos contextos religiosos e paradigmas cristãos, quando uma doença ou qualquer mal sobrevem a nós é dado muitas expilicações totalmente desintoante a aquilo que seria o evangelho de Jesus.

Quando um crente é roubado, foi por causa de algum pecado do infeliz escondido que não foi confessado; afinal deve-se fechar as brechas para o diabo não entrar e fazer estragos nas nossas vidas. Foi? Foi mesmo? Será que Deus não é misericordioso ao ponto de nos ao leu do roubo?

Quando uma irmã é aviltada por uma doença uterina será que é Deus pesando a mão ou dando tal situação para faze-la aprender algo?
Deus se ausenta nas nossas dificuldades para nos fazer andar com nossas pernas. Uma criança que é levada no colo pela mãe toda a vida se torna uma criança subdesenvolvida e Deus não quer isso.

Em nossas dificuldades Deus nos ensina a vivermos e a descobri-lo. E não é Deus que nos atormenta com problemas mas a própria vida não nos ausenta de sofrermos. Porque o sofrimento faz parte da vida.
 
E que Deus nos Ajude!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ESTIGMA E REALIDADE

Desvios são considerados a ponte que liga o estudo do estigmatizado ao mundo social, e a forma de reação as situações as quais se encontram. Primeiramente, e citado negros e Judeus que tanto sofreram e sofrem como já é conhecido pelo contexto histórico e social.
 
Contudo, os que realmente apresentam com seus defeitos, muitas dificuldades de interagir em nossa sociedade, ou seja, o "diferente" que acaba elaborando uma concepção relativa ao seu respeito. Está implícito que não é para o diferente que se deve olhar em busca da compreensão da diferença, mas sim para o comum.
 
As normas incorporadas pela sociedade definem o sucesso ou fracasso do EU, pois mantêm o efeito direto sobre a integridade do indivíduo. Visão e alfabetização são as de maior sustentação e adequação. Sendo normas de beleza física as que quase todo mundo fracassa em algum período na vida. Normalestigmatizado: Consiste em uma relação de como o indivíduo era e se encontra atualmente em função de uma correção da sua diferença, apresentando uma alteração em sua personalidade em direção ao aceitável. Contudo se for de forma contrária (normal x estigmatizado) contará com uma relação de aceitação.
 
O estigmatizado e o normal são partes um do outro, ambos possuem características vulneráveis. Ao criarmos uma situação curiosa ou de simpatia nos deparamos com uma proteção de sua privacidade empregando uma forma grotesca de resposta. Ex: ao ser perguntado sobre sua perna a uma menina, ela responde que pediu dinheiro a uma companhia de empréstimos e eles ficaram com a minha perna.
 
Concluí-se então que estigmatizados e normais, fazem parte de um mesmo processo social e ambos interagem entre si, porém em papéis diferentes em algumas fases da vida, são perspectivas que são geradas em situações sociais durante os contatos mistos.
 
Bibliografia complementar: Augusto Cury  O mestre da sensibilidade A Maturidade Revelada no Caos. "Quem vive sobre o peso da culpa fere continuamente a si mesmo, torna-se seu próprio carrasco e, de outro lado quem é radical e excessivamente crítico dos outros se torna um carrasco social". (Cury, 2001) - mestre da escola da vida sabia das limitações humanas e o quanto é difícil de gerenciar nossas reações nas situações estressantes.
 
Tinha consciência de que facilmente erramos e de que facilmente punimos a nós mesmos e aos outros. Contrapondo-se as sociedades modernas Um dia, apontando um deficiente físico, algumas pessoas querendo saber o motivo dessa deficiência indagaram Jesus: "Quem pecou, ele ou seus pais?".
 
Aquelas pessoas esperavam que ele dissesse que a deficiência era devido a um erro que ele mesmo havia cometido ou que seus pais tivessem cometido no passado. Tais pessoas estavam escravizadas pelo binômio do certo e errado, do erro e da punição. Mas para surpresa dela ele disse uma frase de difícil interpretação:
 
"Nem ele nem seus pais, mas aquela deficiência era para glória de Deus". Por meio dessas palavras colocou as dores da existência em outra perspectiva. Todos nós abominamos as dores e dificuldades da vida, procuramos bani-las a qualquer custo de nossa história.
 
Entretanto, o mestre da escola da vida queria dizer que o sofrimento deveria ser trabalhado e superado no âmago do espírito da alma, tal superação produziria algo tão rico dentro da pessoa deficiente que a sua limitação se tornaria uma "glória para o criador". (Cury, 2001)

Leia mais em:  http://www.webartigos.com/artigos/estigmatizacao-social/6480/#ixzz20nfXVjBZ
 
 

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sou livre (entre aspas)

por Gentil Pereira

Se escrevo é para que não fique o dito pelo não dito. Minha alma está cheia de novidades e não posso me calar. Calar-me agora é trair meus ideais e aquilo que sou, um ser humano livre.

Sou livre para discordar e concordar. Sou livre para errar e acertar. E como escreve o Apostolo Paulo: Tudo me é lícito mas nem tudo me convém." Deixo-me livre para odiar mas não convém. O ódio amarga a alma da gente.

Sou livre para perdoar, para amar, para viver. Viver o dia como se fosse o último, com doçura com os que amo. Mas sou livre e assim acredito ser, já que a religião no deixa embotados.

Sou livre, mas tenho a escolha de ser escravo de minha própria liberdade. Sou livre; mas quem me dera poder vomitar tudo o que tenho em mim que me desagrada e me oprimi. Mas não posso porque sou livre, entre aspas, e por isso serei politicamente correto.

Sou livre mas não posso falar o que penso estando certo ou errado. Não posso falar contra o homossexualismo porque se não serei taxado de homofobico. Não posso falar contra os negros porque se não serei chamado de racista. E não posso falar contra a religião se não serei chamado de ateu.
Sou livre para pensar. Não, não sou e não somos um povo livre. E nosso pais é um país de um povo hipócrita. Que os homossexuais trabalhem e ganhem seu lugar ao sol. Que o negro estude e rejeite a "quota para negros"; essa quota é preconceituosa para com o negro. E que a religião se emende e deixe de mamar na teta do povo pobre.

Sou livre mas pago o preço da liberdade. Agora já não falo mais. Escrevo e assino em baixo.

ASS: Gentil Pereira

sábado, 14 de julho de 2012

Eu acredito na fé

"Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, tempos mais devastadores por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente."

(Ana Jácomo)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O estigma II



O DESACREDITADO E O DESACREDITÁVEL

Uma possibilidade fundamental na vida da pessoa estigmatizada é a colaboração que presta aos normais no sentido de atuar como se a sua qualidade diferencial manifesta não tivesse importância nem merecesse atenção especial. A manipulação da manifestação da informação oculta que desacredita o eu, ou seja, o "encobrimento", o ex-paciente mental esconde informação sobre sua identidade social verdadeira recebendo e aceitando um tratamento baseado em falsas suposições a seu respeito. A INFORMAÇÃO SOCIAL É uma informação sobre um indivíduo sobre suas características mais ou menos permanentes, em oposição a estados de espírito, sentimento e intenções que ele poderia ter em certo momento.

É transmitida pela própria pessoa a que de refere, através da expressão corporal da presença imediata daqueles que a recebem. Chamados de social à informação que possuem todas essas propriedades. A informação social transmitida por um símbolo pode estabelecer uma pretensão especial a prestígio, honra ou posição de classe desejada. Tal signo é popularmente chamado de "símbolo de status". Signos que são especialmente efetivos para despertar a atenção sobre uma degradante discrepância de identidade que quebra o que poderia de outra forma ser um retrato global coerente, com uma redução conseqüente em nossa valorização do indivíduo.

Alguns signos que trazem informação social, cuja presença, inicialmente, se deve a outras razões, têm apenas uma função informativa superficial. Há símbolos de estigmas que nos dão exemplo desse ponto: as marcas no pulso que revelam que indivíduo tentou suicídio; as marcas do braço viciado em drogas; os punhos algemados dos prisioneiros em trânsito. Ex-pacientes mentais e pais solteiros que esperam o filho compartilham um defeito que não é imediatamente visível; os cegos, entretanto, são facilmente notados.

A visibilidade é obviamente, um fator crucial. Já que através da nossa visão que o estigma dos outros se tornem evidente com maior freqüência, talvez o termo visibilidade não crie muita distorção. Ele deve ser diferenciado de três outras noções que são com freqüências confundidas com ele. Em primeiro lugar, a visibilidade de um estigma deve ser diferenciada de sua "possibilidade de ser conhecido", em segundo lugar a intrusibilidade e em terceiro o "foco de percepção". Em geral, então, antes que se possa falar de grau de visibilidade, deve se especificar a capacidade decodificadora da audiência.

 Na situação da pessoa desacreditável e o seu problema de ocultamento e revelação, foi necessário, em primeiro lugar, examinar o caráter da informação social e da visibilidade. A análise da interação social entre os estigmatizados e os normais não exigiu que os indivíduos envolvidos no contato misto se conhecessem "pessoalmente" antes de a interação se iniciar. Há uma idéia popular de que embora contatos impessoais entre estranhos estejam particularmente sujeitos a respostas estereotípicas, na medida em que as pessoas relacionam-se mais intimamente essa aproximação categórica, sede, pouco a pouco, à simpatia compreensão e à avaliação realística de qualidade pessoal.

 Assim, quer estejamos em interação com pessoas intimas ou com estranhos, acabaremos por descobrir que as marcas da sociedade ficam claramente impressos nesses contatos, colocando-nos, em nosso lugar. Por outro lado, as pessoas íntimas podem vir a desempenhar um papel especial na manipulação de situações sociais por parte do desacreditável, de tal maneira que quando a sua aceitação não for influenciada por seu estigma, as suas obrigações o serão. A identidade pessoal, assim como a identidade social, estabelece uma separação, para o indivíduo, no mundo individual das outras pessoas.

Essa divisão ocorre em relação aos que conhecem e os que não conhecem o indivíduo. O indivíduo que é conhecido por outros pode ter ou não conhecimento desse fato; as pessoas que o conhecem, por sua vez, podem saber ou não que o indivíduo conhece ou ignora tal fato. Por outro lado, entretanto, embora acredite que os outros não o conhecem, ele nunca tem absoluta certeza disto. Além disso, sabendo que o conhecem, ele deve, pelo menos até certo ponto, conhecer algo sobre eles; mas em caso contrário poderá ou não conhecê-los em relação a outros aspectos.

Quando um indivíduo está entre pessoas para as quais ele é um estranho completo e só é significativo em termos de sua identidade social aparente imediata, uma grande possibilidade com a qual ele deve se defrontar é de que essas pessoas comecem ou não a elaborar uma identificação pessoal para ele (pelo menos a recordação de tê-lo visto em certo contexto conduzindo-se de uma determinada forma) ou de que elas abstenham-se totalmente de organizar e estocar o conhecimento sobre ele em torno de uma identificação pessoal, sendo esse último ponto uma característica da situação completamente anônima.

Pode-se acrescentar que todas as vezes que um indivíduo entra numa organização ou numa comunidade, ocorre mudança marcada na estrutura do conhecimento sobre ele - sua distribuição e seu caráter - e, portanto, mudança nas contingências do controle de informação. A relação social ou o conhecimento pessoal é, necessariamente, recíproca, embora, é claro, uma ou mesmo ambas as pessoas que estão na relação possam temporariamente esquecer que são conhecidas, assim como uma delas ou mesmo ambas podem estar cônscias dessa relação mas ter esquecido, temporariamente, tudo sobre a identidade pessoal da outra.

Para uma pessoa famosa, "fugir" para um lugar onde ela possa "ser ela mesma" pode significar, talvez, encontrar uma comunidade onde não exista uma biografia sua. Ao se considerar a fama, pode ser útil e conveniente considerar a má reputação ou infâmia que surgem quando há um círculo de pessoas que têm um mau conceito do indivíduo sem conhecê-lo pessoalmente. A função óbvia da má reputação é a de controle social, do qual devem ser mencionadas duas possibilidades distintas.

A primeira delas é o controle social formal. Há funcionários e círculos de funcionários cuja ocupação é examinar com cuidado vários tipos de público em busca da presença de indivíduos identificáveis cujos antecedentes e reputação o tornou suspeito, ou mesmo "procurado" pela justiça.

Não há dúvida de que os meios de comunicação de massa desempenham um papel central, tornando possível que uma pessoa "privada" seja transformada em figura "pública". Parece que a imagem pública de um indivíduo, ou seja, a sua imagem disponível para aqueles que não o conhecem pessoalmente, será, necessariamente, um tanto diversa da imagem que ele projeta através do trato direto com aqueles que o conhecem pessoalmente.

Um indivíduo que porta algum tipo de estigma, portanto, pode descobrir maneiras para fugir da atenção hostil do público, através da manipulação da identidade pessoal.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/estigmatizacao-social/6480/#ixzz1xvV79EeR

Estigmatização Social


Por gentil Pereira

Este mês estarei escrevendo sobre estigma. Tanto o social como o religioso "espiritual" pois hoje sei que fui estigmatiza pelos meus pares.
O que pensam ou deixam de pensar sobre mim não me importa.No entanto minha doce e amada irmã outro dia fez uma prece linda arrancando todo o estigma imposto sobre mim.

Confesso que não senti o peso do estigma imposto mas ela via algo que a incomodava. Já me sinto maiss leve. A opressão social e religiosa é horrivel para quem não sabe se desvencilhar de tal mal. Agora estou escrevendo a segunda parte do estigma já que é um assunto imenso.

No decorrer da historia humana diversas culturas estipulavam status morais e sociais, os quais o indivíduo deveria seguir se não este seria marginalizado socialmente. Na Grecia antiga foi criado o termo estigma, este conceito estava relacionado a algum sinal corporal representava um status, seja ele bom ou ruim.

Estes quando representava uma característica ruim eram evitados, principalmente em lugares públicos. Nesta mesma vertente os cristãos criaram um estigma relacionado a dádivas celestiais. Segundo Goffman, sempre a sociedade tentou estipular uma identidade social comum entre as pessoas exigindo que respeitem esses atributos por ela estabelecidos, podendo o indivíduo sofre sanções caso não sejam compridas. Logo as primeiras pré-noções de um sujeito que nos é apresentado vai depender da sua identidade social que ele apresenta.

Fazemos afirmações daquilo que o indivíduo que esta a nossa frente deveria ser assim este caráter estabelecido a esse sujeito, pode ser uma categorização efetiva, uma identidade social virtual. Já as características que ele apresenta possuir são chamadas de identidade social real. Quando estipulamos um atributo a um estranho, o classificando como diferente dos outros, desconsiderando que este é uma pessoa comum, reduzindo-o a uma ser estragado e inferior, ou ate superior a nós, estamos aplicando nele um estigma.

E o que acontece, por exemplo, com o usuário de droga, a sociedade rotula o usuário com um indivíduo inferior, o estigmatiza levando-o assim a mais baixa casta social moderna, sendo este a pior vitima quando se torna um dependente da substancia. Neste ponto, Warley Belo pondera: "Toda via, o maconheiro não é uma entidade demoníaca, não vende sua alma ao diabo, não é o inimigo público número um ou um malandro a mercê do direito penal do inimigo, mas, apenas um usuário afetado por um vício maléfico a si próprio que precisa ser debelado com informações e ajuda profissional   (Belo, 2008, pag. 46)." O IGUAL E O INFORMADO

Segundo Goffman temos a identidade virtual e a identidade real, tanto conhecida com manifestada, afeta o indivíduo do convívio social de si próprio, tornando-o uma pessoa desacreditada. Isso abaixa a auto-estima do ser estigmatizado, porém este quando se depara com outro igual, que compartilha o mesmo estigma, poderá encontrar nesse apoio moral, pois sabendo do peso de carregar tal estigma pode propiciar a vida do indivíduo estigmatizado na sociedade, fornecendo refugio e amparo.

O artífice, continua neste sentido a desmembrar a vida em sociedade do estigmatizado, no engajamento destes em grupos de pessoas que compartilham do seu estigma, como os Alcoólatras Anônimos, grupo de ex-viciados, idosos, movimento negro, de ex-presidiários, comunidades étnicas ou religiosas; sendo que quando um membro de um grupo desses entra em contato com outro, os dois podem dispor-se a modificar o seu tratamento mútuo, devido à crença de que pertencem ao mesmo grupo.

Goffman mostra que o principal intuito desses grupos é mostrar aos outros tanto normais e estigmatizados que um indivíduo desse tipo pode ser uma boa pessoa. Neste quesito de informar aos outros sobre a situação do estigmatizado um representante grupo é essencial. Este pode ser uma pessoa que se destaca entre os estigmatizados e os normais, pode ser tanto um profissional ou um comum, que alcançou destaque causando repercussão na comunidade local devido ao seu estigma.

O autor considera que a dois conjuntos de indivíduos onde o estigmatizado pode encontrar apoio: os iguais; que são aqueles que compartilham do mesmo estigma, e os informados; que são normais que sabendo da condição do estigmatizado considera-o como uma pessoa comum, e o indivíduo que recebe o estigma não têm vergonha de mostrar sua situação. Os informados podem ser divididos em dois grupos: o primeiro diz respeito às pessoas que tem uma informação sobre o estigma com seu trabalho.

Um exemplo e o dos policiais lidam constantemente com criminosos, tendo que os policiais são as únicas pessoas, além dos outros criminosos, que o aceita pelo que ele é. Outro tipo de pessoa informada é o indivíduo que se relacionam com um estigmatizado através da estrutura social. A mulher de um paciente metal, a filha de um ex-presidiário, os pais do aleijado, o amigo não usuário do maconheiro; ocorre que estes adquirem um pouco desse estigma, mesmo não o possuindo, contudo por se relacionar com alguém que tem é tratado com tal.

Goffman trabalha na vertente de uma carreira moral do indivíduo estigmatizado, este no processo de socialização passa por duas fases iniciais; a primeira é quando ele aprende e incorpora o ponto de vista dos normais em relação de quem possui um estigma, e a outra se da quando ele aprende que tem um estigma e sofre as conseqüências de possuí-lo. Partindo dessa principio forma-se modelos que servem de base para um desenvolvimento posterior, desses modelos Goffman menciona quatro.

O primeiro modelo é daqueles que possuem um estigma inato, que desde pequeno aprende a visão dos normais em relação ao seu estigma particular, e padece do peso de telo, um órfão por exemplo.

O segundo vem da família que tende a proteger um ente seu com um estigma das informações que possam diminuí-lo. Porém chegara um momento onde este circulo protetor não suprirá o contato dessa pessoa com o mundo, como ir a escola, onde ele passara por suas primeiras experiências morais. É de se ressaltar que quanto mais visível for o seu estigma, maior será a probabilidade de ser enviado para uma escola de crianças especiais, para junto de seus iguais.

O terceiro modelo nos apresentado pelo artífice é os que adquirem um estigma numa fase mais avançada da vida ou aprende muito tarde que sempre foi estigmatizado. É exemplificado com quarto modelo aqueles que são socializados em uma comunidade diferente, e quando se depara com uma outra deve aprender uma segunda maneira de ser, aquela que as pessoas à sua volta acham válida e real.

Quando um indivíduo aprende que é portador de um estigma é provável que mude sua relação perante outros estigmatizados, pois em um único contato com outros iguais, é suficiente para ele perceber que existem outros iguais a ele, e no convívio com esse que compartilham do mesmo estigma, ele aprenderá mais sobre seu estigma, tanto é que uma pessoa recentemente estigmatizada aprende com os outros iguais a se relacionar com os normais, ao ponto desse novato similar os membros mais antigos do grupo com seres humanos comuns

Leia mais em:  http://www.webartigos.com/artigos/estigmatizacao-social/6480/#ixzz1xvT4Cs4k

Estigma, um fenômeno.I

Os estigmas são cada um dos cinco sinais que aparecem no corpo, nos mesmos pontos onde ocorreu a crucificação de Jesus Cristo, isto é, pés, punhos e tórax. Reproduzem as cinco chagas de Jesus.

Pelo que se tem conhecimento, o primeiro estigmatizado foi São Francisco de Assis (1182-1226), sendo que suas marcas perduraram por dois anos. Ao longo do tempo o estigma já se manifestou em milhares de pessoas, em diferentes regiões do mundo.

Alguns cientistas colocam a hipótese dos estigmatizados usarem ácido carbólico (fenol) para produzirem a suas chagas. Ainda podem ser usadas outras substâncias, não-ácidas, que reagem e aparentam ser sangue. O que ludibria muitos crentes.

Não existe nenhum fundamento científico para a ocorrência dos estigmas, assim como as ocorrências passadas ao longo da História não foram até hoje provadas cientificamente ou submetidas a escrutínio científico, sendo que não podem ser consideradas, sob este ponto de vista, totalmente verídicas.

Deístas e crentes tomam os estigmatizados como pessoas cuja fé extraordinária, conduta ética praticamente irrepreensível (ou "virtudes cardeais", segundo a doutrina católica), adoração ao Cristo e, especificamente, sua crença íntima nas chagas do Salvador como símbolo máximo de honra transcendental, os fez aproximarem-se da misericórdia de Deus a tal ponto que este, em um ato milagroso, atribuiu-lhes as chagas como sinal de reconhecimento por tais méritos.

É uma figura bastante representada na sexta-feira santa. O conceito atual é mais amplo; considera-se estigmatizante qualquer característica, não necessariamente física ou visível, que não se coaduna com o quadro de expectativas sociais acerca de determinado indivíduo. Todas as sociedades definem categorias acerca dos atributos considerados naturais, normais e comuns do ser humano. O indivíduo estigmatizado é aquele cuja identidade social real inclui um qualquer atributo que frustra as expectativas de normalidade. O significado que Erving Goffman (1922-82) lhe atribuiu na obra Stigma - Notes on the Management of Spoiled Identity, de 1963, distingue três tipos de estigma: as deformações físicas (deficiências motoras, auditivas, visuais, desfigurações do rosto, etc.), os desvios de carácter (distúrbios mentais, vícios, toxicodependências, doenças associadas ao comportamento sexual, reclusão prisional, etc.) e estigmas tribais (relacionados com a pertença a uma raça, nação ou religião).

Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Estigma_(fen%C3%B4meno)

Misericórdia, senhor!

- Misericórdia, senhor! - grita um menino na calçada ao ver um distinto homem passar.
- O que você quer menino?
- Um pouco de dinheiro ou comida.
- Peça para outro, garoto, pois estou com muita pressa.
- Mas, senhor, minha mãe e meus irmãozinhos estão necessitados.
- Quantos irmãos você tem, garoto?
- Tenho dois, senhor.
- Olha, menino, eu não tenho tempo para ajudar. Estou muito atrasado. Vá perturbar outro!
- Desculpe, senhor, posso fazer uma pergunta?
- Sim, faça logo a pergunta.
- O que está escrito na capa deste livro que carrega?
- Bíblia Sagrada.
Falando isso aquele homem prossegue em seu caminho.
Que possamos meditar nas Palavras de Jesus Cristo: Mateus 25.41-45.
Fonte: A Palha.


Por: Felipe M. Nascimento

terça-feira, 19 de junho de 2012

Estou cansado.

por Gentil Pereira


Estou cansado. Cansei de discutir com cristãos e ateus a verdade tanto de um como a do outro.
Afirmo que o nosso evangelho não é o mesmo que o de Jesus, e o nosso cristianismo não é o do
Cristo pregado em uma cruz para redimir os pecados do mundo. 

O propósito mitologico de um homem santo ter aparecido nesta terra "esquecida 
por Deus" foi o 
de salvar o homem de sí mesmo e não de dar a ele dinheiro, saúde, mulher, casa, 
carro, vida abundante e outras coisas mais...

Cansei de discutir assuntos relevantes com teólogos sábios e inteligentes só para 
me humilharem 
e dizerem que eu não sei nada sobre a bíblia. Quero viver sem culpa, sem peso 
religioso, sem medo do inferno. Não tenho medo do inferno.

Já vivo o inferno em vida todos os dias tentando provar para meus pares que eu não 

sou ateu, não sou herege e não sou assim tão cético. Mas minhas preferências religiosas
 tomam um rumo diferente dos demais.

No entanto só quero abraçar o pobre sem ter que recrimina-lo pela vida que ele leva  dizendo

 que ele vai para o inferno se não aceitar a Jesus... O coitado precisa de comida 
e uma cama para dormir e não de recriminações religiosas como fazemos.

Como cristão é meu dever abraçar os necessitados mas não abraço. 

Como cristão é meu dever visitar os presos mas não visito.

Como cristão é meu dever morrer para mim mesmo mas não morro.
Como cristão é meu dever dar a face esquerda para quem bater na direita, mas faço?

Como cristão é meu dever ouvir mais os necessitados mas mais falo...
Como cristão é meu dever mais dar do que receber, e faço? 

Não!  Estamos sempre querendo mais do Reino dos Céus. 


Que Deus me ajude, pois estou muito cansado.

domingo, 17 de junho de 2012

Minha preferência religiosa.

por Gentil Pereira


Prefiro viver com os pobres a me banquetear com os ricos supérfluos. Aos pobres posso dar o que tenho sem preocupação de retribuição financeira. A retribuição do rico é cobrança futura, e a do pobre é amor e respeito.

Prefiro andar descalço ou de chinelos a sapatinho-de-fogo. Se Deus dá o sapatinho-de-fogo quero o meu de ouro. Mas prefiro chorar com os que choram a rir da desgraça dos outros.

Prefiro visitar os órfãos, viúvas e os encarcerados e não colocar no Facebook a esbanjar sorriso apostólico em uma igreja abarrotada de gente ávida por ver milagres comprados.

Prefiro dormir tarde ouvindo Titãs " Epitáfios"; a perder a noite de sono em louvorzão que não louva nem a mim mesmo que dirá a Deus que quer não sacrifícios mas misericórdia.

Prefiro ser chamado de herege e ter a consciência de estar no caminho certo, a dúvidas e incertezas que me levarão ao inferno-interior em saber o que fazer, mas privar-me de fazê-lo por medo de morrer queimado.

Prefiro estar e ser contado entre as prostitutas, ladrões, mentirosos, doentes mentais, políticos, palmerenses e assassinos a ser visto fazendo média com meus pares, recebendo palmadinhas nas costas.

Prefiro ser contado entre os ateus a bajulação dos religiosos. Longe de mim enxergar de outra forma os leprosos, os ateus, e os viciados, são filhos de Deus sim; seres humanos a serem respeitados e amados.

Prefiro e não seria de outra forma pois a religião é veneno e escraviza a alma e a mente do indivíduo.



Que Deus nos Ajude!

sábado, 16 de junho de 2012

O câncer

por Gentil Pereira

Fui visitar um amigo evangélico assim como eu, que está muito enfermo. Quando o ví jogado naquele leito de dor caí aos pés da cama e chorei. Fiz uma prece em silêncio pois as lágrimas calaram minha voz. O que dizer ao enfermo numa hora dessa quando a morte está a espreita? Muito mais a um homem que a bem pouco mais de dois meses esbanjava saúde, orava pelos enfermos, visitava os presos, as viúvas os órfãos?

E é neste ponto que me detenho pensando nos questionamentos que esse homem pode estar fazendo agora neste momento. A mente deste velho amigo pode estar fervilhando de dúvidas e incertezas causadas na verdade pela religião. "- Foi o pecado do passado, sim só pode ser..."  "-eu estava servindo a Deus errado e agora ele me castiga. É castigo de Deus!"

Eu não tenho resposta para todas as perguntas. Mas o fato é que a vida nos prega peças terríveis e Deus está interessado não na minha doença mas sim como é que eu vou me comportar diante dela. Nestas circunstâncias tenho dois caminhos a escolher. Ou me endureço  diante da dificuldade ou me deixo amolecer. Na maioria das vezes deixamos o azedume tomar conta de nossas almas. Um ateu já disse uma verdade em sua poesia
"tinha uma pedra no caminho" Leiam:

" No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."
(Carlos Drummond de Andrade)

E o que fazer com essa pedra que está, estava no caminho? Tira-la e continuar o caminho ou subir nela e fazer dela um palanque. Tantas coisas se pode fazer com uma pedra. Davi a usou para derrubar um gigante. Como está fazendo esse meu doce amigo. Aprendendo no sofrimento e nos ensinando na morte a viver dia a dia com amor e gratidão.

Esses dias ele me disse que não merecia tanto amor e carinho. Que muitas vezes foi egoísta e não compartilhou do tempo que tinha e o que fez ao próximo foi tão pouco. Mas em dois meses sem falar uma palavra, deitado e com dores nos transmitiu mais doçura do que em toda a sua vida de amor e gratidão.

Irmão Osvaldo. Só quero dizer que eu te amo e oro para que Deus te dê graça para vencer mais essa batalha interior.

E que Deus nos Ajude!


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Europa X Islã.(uma liberdade interrompida)



por Gentil Pereira


Como o assunto me atraiu bastante neste mês, ponho-me a estudar o tema com mais atenção. Alguns tem o Islamismo como uma bomba amarrada ao corpo podendo explodir a qualquer momento; outros vêem os muçulmanos como seres humanos em busca de oportunidades de sobrevivência na Europa e no Brasil. Os discursos são calorosos tanto de um lado como do outro.

Como sempre disse: " Para convencer as pessoas de nossas idéias basta bons argumentos"   Frase que odeio, mas que vem se tornando pura verdade.

É certo que o Islamismo como religião vem crescendo em todo o mundo e que alguns se levantam para reprimir tal religião. No entanto se esquecem que a religião é feita de homens, mulheres e crianças ávidos por sobreviver e nem todos são iguais.

Na defesa da liberdade de expressão no mundo, creio que devemos levantar uma bandeira e haste-a-la  bem alto sem medo de recriminação. Os eleitores suíços(como todo o mundo sabe)aprovaram uma lei islamofóbica proibindo a construção de minaretes no país. Não existe justificativa.

Seria como não permitirem torres de igrejas com sinos em um país majoritariamente islâmico. Afinal, existem igrejas na Turquia, no Egito, na Síria, nos territórios palestinos. Sem falar nas imagens no Líbano, com os minaretes ao lado de cruzes. Certamente, alguns dirão que na Arábia Saudita não existe igreja. Verdade, e seria lamentável a Suíça querer se equiparar a esta monarquia medieval.

Existe também questão dos dois pesos duas medidas.

Na França, proíbem mulheres muçulmanas de cobrir a cabeça. Mas por que apenas as muçulmanas são alvejadas? Lembro que até hoje cristãs cobrem a cabeça em cidades menores da Espanha e da Grécia. Judias ortodoxas usam perucas.

A saída está na liberdade para as pessoas agirem da forma como quiser, como acontece nos Estados Unidos. Se uma mulher for obrigada a cobrir a cabeça por um pai ou irmão, o tema deve ser levado para autoridades. Mas se outra mulher quiser cobrir a cabeça com o véu por iniciativa própria, isto é problema dela apenas.

A decisão da Suíça, que carrega uma cruz em sua bandeira, é uma “desgraça”, conforme bem escreveu o New York Times em editorial de hoje. O jornal acrescenta ainda que os muçulmanos representam apenas 6% da população suíça e são originários de Kosovo e Turquia. Até hoje, não foram registrados problemas envolvendo seguidores do islã no país.

Mas ainda assim lemos aqui e alí atitudes desmedidas de islamofôbicos.

Que Deus nos ajude!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Por que deixei de crer em Deus e como estou voltando a crer nele


Não sou brasileira, mas sou quase. Meus pais Alfons e Helga saíram de Hamburgo em abril de 1990, quando meu irmão Wolfgang e eu éramos crianças de 10 e 3 anos, respectivamente, e se instalaram em Salvador, Bahia. Desde Hamburgo meus pais eram luteranos, e mantiveram a religião na Bahia, apesar da forte presença católica e das religiões afro-brasilienses. Cresci ouvindo falar em Deus como um controlador do universo, a quem os seres humanos devem obediência e medo. Sempre ouvia falar na igreja que Deus é quem permite ou proíbe que as coisas aconteçam em nossa vida. Me lembro de uma vez num sermão o reverendo comparar Deus a um controlador de voo, responsável por manter os aviões no ar. Nesse dia me lembro de ter falado ao meu pai: mas os aviões caem... 

Crescemos e fomos para o bairro da Moóca, em São Paulo, sempre com a visão de Deus como o controlador do Universo. Eu, por ter ido para o Brasil bem nova não tive muitos problemas com o idioma, ao contrário de meu irmão que, assim como meus pais, não entendiam o uso dos artigos e pronomes com substantivos masculinos e femininos, o que os levava a falar coisas com "meu casa", "meu mãe", "minha pai", "a namorado de meu irmã", "meu cunhada" e coisas assim, o que sempre era motivo de piada entre os amigos brasileiros. 

Em 2004, meu irmão resolveu fazer faculdade. Aos 24 anos achou que poderia seguir carreira em São Paulo mesmo, já que meus pais não pensavam em voltar para a Alemanha e ele também não tinha o menor interesse em voltar. Se sentia muito bem no Brasil. Nós no sentíamos bem. Iniciou, em fevereiro, o curso de Publicidade e Propaganda no Presbiteriano Mackenzie, uma das melhores faculdades de São Paulo. Havia acabado de adquirir um carro. Tinha uma belíssima namorada brasileira, que era modelo na época. Ele estava muito feliz com a vida. Falava que era um "quase brasileira", e fazia os amigos rirem com isso. Meu irmão e eu nos dávamos muito bem. Ele era meu melhor amigo e eu era a melhor amiga dele, a ponto de confidenciarmos um com o outro coisas que nem nossos pais sabiam. Ele me ensinou a dirigir e eu o ensinava a falar português. Nós nos amávamos muito. Eu o tinha como um herói, e ele me via como uma boneca de porcelana, com ele mesmo dizia. 

No dia 27 de maio de 2004, ao sair da faculdade, meu irmão foi abordado por três homens que o mandaram entregar o carro. Sem esboçar qualquer reação meu irmão lhes entregou a chave e se afastou. Ao entrar no carro, um dos homens acertou meu irmão com um tiro que foi fatal: na mesma hora ele caiu morto em frente a faculdade. Naquele dia eu perdia uma das pessoas mais importantes da minha vida: Wolfgang Rudolph Jung Hoffmann, o Wolf, meu irmão a quem eu tanto amava, que morreu aos 24 anos. A família entrou em crise: meus pais se desesperaram, meus tios pensaram em fazer justiça com as próprias mãos. Mais ainda: minha crença em Deus se esvaziou por completo. Eu, uma adolescente de 17 anos totalmente descrente de Deus. Me lembro de ter dito: que Deus controlador é esse que permite um rapaz tão cheio de vida como meu irmão morrer de uma forma tão injusta? Ninguém me respondia. Na catedral luterana o reverendo dizia apenas: "deus quis assim". Quis assim como? Ele fica feliz com a desgraça da família dos outros? Onde fica o tal amor que a Bíblia tanto fala?

Para encurtar a história, nos mudamos para o interior de SP em 2004 mesmo e em 2005 voltei para São Paulo, para morar sozinha e iniciar minha vida com meus próprios braços. Em dezembro de 2009 minha família resolveu voltar para Hamburgo, Alemanha. O Brasil, essa terra abençoada de gente alegre, era doloroso demais para minha mãe, que lamenta por ter passado uma tragédia tão grande num país tão bonito. E eu que não tinha nada a perder voltei também, mas agora para Berlin, onde vivo hoje.

Desde que meu irmão se foi perdi totalmente a fé em Deus. Fiquei depressiva. Precise de acompanhamento psiquiátrico. Tive crises emocionais. Tinha momentos terríveis em que precisava ser socorrida por estar em uma crise nervosa. Me lembro de um dia, já em Berlin, durante uma crise emocional onde eu gritava de desespero eu dizer: dá pra sair da minha vida, Deus? Você já me trouxe prejuízos demais. E assim vivi. Não queria correr o risco de crer num Deus que eu pensava proteger os que amo e ter de conviver com novas tragédias. 

Agora, depois de viver e estar totalmente estabilizada aqui, começo a ver Deus de uma outra forma. Li o livro de um teólogo chamado Jurgen Moltmann e venho lendo algumas coisas sobre Deus escritas  por alguns líderes religiosos brasileiros. Um deles é o reverendo Ricardo Gondim, da Igreja Betesda em São Paulo. Estou descobrindo uma outra forma de ver Deus: ele não tem nada a ver com os acontecimentos humanos. Deus não controla nada, mas ama os seres humanos e lhes apoia nos momentos difíceis. Há alguns dias atrás, depois de ouvir um dos sermões do rev. Gondim pela internet cheguei à conclusão: Deus não teve nada a ver com a morte do Wolf, pois ele não permitiu nada, mas foi ele quem me ajudou a aguentar viva quando eu tentei tirar minha vida 15 dias após a morte dele. Comecei a chorar na hora. Pedi perdão a Deus por te-lo culpado pelas desgraças da minha vida. Espero que ele me perdoe por isso! 

Ainda tenho várias dúvidas sobre Deus. E até hoje não me recuperei do trauma da morte do Wolf, mas aos poucos as coisas estão se encaixando. Mas independente de uma coisa e outra agora estou me sentindo melhor comigo mesma. Hoje faz exatamente 8 anos que meu irmão se foi, e é o primeiro ano que passo o dia inteiro sem qualquer crise depressiva. Ainda relembro a cena que vi quando cheguei em frente à faculdade, mas lido melhor com isso. Entendo que todos estamos sujeitos à tragédia.

Espero que esse texto seja mais um passo rumo à cicatrização dessa ferida tão dolorosa. 

 

Ler, tarefa difícil


José Saramago
Leio Saramago. Dono de um texto recheado de percepções sutis, sua pena é ágil. Saramago tem magia, suas provocações tanto se eternizam como se universalizam.
Resolvi copiar um trecho de A Caverna.
Entendo que ler, tarefa difícil, implica em ir além.
Mas qual além?
Deixemos que  o próprio Saramago diga no diálogo entre Cipriano Algor e Marta, a filha:
“Vivi, olhei, li, senti, Que faz aí o ler, Lendo, fica-se a saber quase tudo, Eu também leio, Algo portanto saberás, Agora já não estou certa, Terás então de ler doutra maneira, Como, Não serve a mesma para todos, cada um inventa a sua, a que lhe for própria, há quem leve a vida inteira a ler sem nunca ter conseguido ir mais além da leitura, ficam pegados às página, não percebem que as palavras são apenas pedras postas a atravessar a corrente de um rio, se estão ali é para que possamos chegar à outra margem, a outra margem é que importa, A não ser, A não ser, quê, A não ser que esses tais rios não tenham duas margens, mas muitas, que cada pessoa que lê seja, ele, a sua própria margem, que seja sua, e apenas sua, a margem a que terá que chegar…”
[A Caverna, Cia das Letras, 2011, pg 77]

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Devemos comemorar o Natal?

Muito se tem falado contra o Natal. Os principais argumentos são origens pagãs ou católicas, a influência mercadológica nos dias de hoje e uma suposta violação do princípio regulador do culto. Apesar de haverem pontos válidos, no VE não cremos que haja qualquer impedimento bíblico para os cristãos comemorarem o nascimento de Cristo – atenção, comemorar o nascimento de Cristo – em uma data qualquer (ou no dia 25 de Dezembro). Iremos abaixo apresentar resumidamente alguns argumentos e referências sobre o assunto.
Em 2010 postamos um texto de John Piper onde ele trata sobre a relevância da origem pagã do Natal. John MacArthur respondendo a pergunta “os cristãos devem celebrar o natal?” argumenta:

As Escrituras não ordenam especificamente que os crentes celebrem o Natal — não há “Dias Sagrados” prescritos que a igreja deva celebrar. De fato, o Natal não era observado como uma festividade até muito após o período bíblico. Não foi antes de meados do século V que o Natal recebeu algum reconhecimento oficial.
Nós cremos que o celebrar o Natal não é uma questão de certo ou errado, visto que Romanos 14:5-6 nos fornece a liberdade para decidir se observaremos ou não dias especiais:
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus (Romanos 14: 5-6).
De acordo com esses versos, um cristão pode, legitimamente, separar qualquer dia — incluindo o Natal — como um dia para o Senhor. Cremos que o Natal proporciona aos crentes uma grande oportunidade para exaltar Jesus Cristo.


Mark Driscoll diz que quando se trata de questões culturais os cristãos têm três opções: Rejeitar, Receber ou Redimir.

Receber – Há coisas na cultura que fazem parte da graça comum de Deus a todas as pessoas, as quais um cristão pode simplesmente receber. É por isso que, por exemplo, estou digitando em um Mac e vou postar neste blog na internet sem ter que procurar um computador ou um formato de comunicação expressamente cristãos.
Rejeitar – Há coisas na cultura que são pecaminosas e não benéficas. Um exemplo é a pornografia, que não tem valor redentor e deve ser rejeitada por um cristão.
Resgatar – Há coisas na cultura que não são ruins em si mesmas, mas podem ser usadas de uma forma pecaminosa e, portanto, precisam ser resgatadas pelo povo de Deus. Um exemplo que teve grande repercussão na mídia é o prazer sexual. Deus fez nossos corpos para, entre outros fins, o prazer sexual. E, embora muitos tenham pecado sexualmente, como cristãos, devemos resgatar este grande dom e todas as suas alegrias, no contexto do casamento.


Dentro dessa perspectiva, há aqueles que rejeitam o Natal (e não há problema nenhum, desde que se atentem as repreensões de Paulo em Romanos 14). Cremos, contudo, que temos a oportunidade de resgatar esta festividade, usando-a para os seguintes fins:

Primeiro, a temporada de Natal nos lembra das grandes verdades da Encarnação. Recordar as verdades importantes sobre Cristo e o evangelho é um tema prevalecente no Novo Testamento (1 Coríntios 11:25; 2 Pedro 1:12-15; 2 Tessalonicenses 2:5). A verdade necessita de repetição, pois nós facilmente a esquecemos. Assim, devemos celebrar o Natal para recordar o nascimento de Cristo e nos maravilhar ante o mistério da Encarnação.
O Natal também pode ser um tempo para adoração reverente. Os pastores glorificaram e louvaram a Deus pelo nascimento de Jesus, o Messias. Eles se regozijaram quando os anjos proclamaram que em Belém havia nascido um Salvador, Cristo o Senhor (Lucas 2:11). O bebê deitado na manjedoura naquele dia é nosso Senhor, o “Senhor dos senhores e Rei dos reis” (Mateus 1:21; Apocalipse 17:14).
Finalmente, as pessoas tendem a serem mais abertas ao evangelho durante as festividades de Natal. Devemos aproveitar desta abertura para testemunhar a eles da graça salvadora de Deus, através de Jesus Cristo. O Natal é principalmente sobre o Messias prometido, que veio para salvar Seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21). A festividade nos fornece uma maravilhosa oportunidade para compartilhar esta verdade.
Embora nossa sociedade tenha deturpado a mensagem do Natal através do consumismo, dos mitos e das tradições vazias, não devemos deixar que estas coisas nos atrapalhem de apreciar o real significado do Natal. Aproveitemo-nos desta oportunidade para lembrar dEle, adorá-Lo e fielmente testemunhar dEle.


E que Deus nos Ajude!

domingo, 20 de maio de 2012

O universo é infinito.


Eu acredito que o universo é infinito, e que Deus o criador criou tudo, por ser um ser Perfeito, o universo também é, entendo que a bíblia diz a respeito da criação em metáforas, o que corresponde a 7 dias, seria a 6 eras geológicas (Arqueozoica, Proterozoica, Paleozoica,Mesozoica, Cenozoica e a que vivemos hoje). O sétimo dia, Deus descansou. Sendo nessas eras construído todo o processo de evolução até os dias de hoje.

Assim, como na genética, onde os filhos herdam genes dos pais, a natureza e a humanidade em si, possuem a essência de Deus,e caminhamos "evoluindo", porém nós humanos precisamos encontrar essa essência (mas isso será assunto para outra parte).

Bom mas aí você se pergunta, se Deus criou tudo, quem criou Deus? Para essa pergunta conclui que Deus é um ser infinito, ele criou tudo, ele é tudo, mas nós humanos somos seres Finitos, nossa capacidade de pensar é limitada, por isso nosso pensamento é polarizado, ou seja, achamos que tudo tem um oposto, exemplo:
Homem - Mulher
Bem - Mal
Bonito - Feio
Rico - Pobre
Por isso criamos a existência do "nada", o vazio absoluto, só para suprir a necessidade da existência de um não ser, então se falamos que antes de Deus existiu Nada, estamos assumindo a existência de nada, e isso seria um paradoxo, já que o  nada  não existe, pois não existe um vazio absoluto.

Logo, Deus não foi criado, ele sempre existiu, ele sempre foi e sempre será, ele simplesmente É! Como escrito nessa frase de Mahatma Gandhi: "Deus é puríssima essência. Para os que têm fé nele, Deus simplesmente é."

Então, Deus é infinito, como diria Camões: "Uma verdade que nas coisas andam, que mora no visível e no invisível!" 

Assim, concluo que nas minhas reflexões, Deus é o Tudo e ao dar origem a vida ele está em tudo, e como está em tudo, tem o poder de modificar  e intervir em algo quando quiser, mas na maioria das vezes deixa o sistema seguir pelas próprias regras que ele mesmo fez, ação, reação... evolução! Como diz um amigo: " O universo faz parte de Deus e Deus contém o universo e vise versa."



E que Deus nos ajude e conspire ao nossa favor.

domingo, 13 de maio de 2012

O nome de Deus

Segundo a tradução do texto de Êxodo 3:13, 14, na Versão Almeida, edição revista e corrigida, Moisés perguntou: “Quando vier aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.” Sobre este texto, O Pentateuco e as Haftorás (texto hebraico com tradução e explanação em inglês, editado pelo Dr. J. H. Hertz) diz que na frase “Eu sou o que sou. . . a ênfase está na manifestação ativa da existência divina”. Portanto, seu uso como título ou nome para Deus era apropriado, porque Deus, por libertá-los da servidão egípcia, estava para manifestar de modo notável a sua existência com relação ao seu povo. Hertz diz que “a maioria dos modernos segue Rashi [famoso comentador medieval francês da Bíblia e do Talmude] em verter ‘Serei o que eu for’”. Isto concorda com a versão da Tradução do Novo Mundo, que reza: “MOSTRAREI SER O QUE EU MOSTRAR SER.”

Deus não estava ali falando sobre a sua existência. Isso seria de pensar em vista do modo como alguns tradutores verteram a expressão hebraica ehiéh ashér ehiéh e ehiéh. Por exemplo, a versão portuguesa do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, 1967, reza: “E Deus disse a Moisés: ‘SOU AQUELE QUE SOU’. E acrescentou: ‘Assim falarás aos filhos de Israel: — EU SOU mandou-me a vós — ’.” No entanto, Deus fala realmente sobre ele ser alguma coisa. Isto é corroborado pela tradução dos Vinte e Quatro Livros das Escrituras Sagradas, em inglês, do Rabino Isaac Leeser, como segue: “E Deus disse a Moisés: SEREI O QUE EU FOR: e ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: SEREI enviou-me a vós.”

De modo mais incisivo, A Bíblia Enfatizada, de Joseph B. Rotherham, em inglês, verte Êxodo 3:14 como segue: “E Deus disse a Moisés: Tornar-me-ei aquilo que me agradar. E ele disse: Assim dirás aos filhos de Israel: Tornar-me-ei enviou-me a vós.” A nota ao pé da página, sobre este versículo, diz em parte: “Hayah [palavra vertida acima ‘tornar-se’] não significa ‘ser’ essencial ou ontologicamente, mas fenomenalmente. . . . O que ele será não é expresso — Ele estará com eles, ajudador, fortalecedor, libertador.” De modo que esta referência não é à auto-existência de Deus, mas, antes, ao que ele pensa tornar-se para com os outros.

Isto é similar a quando um jovem, tornando-se adulto, medita e diz a si mesmo: ‘O que vou fazer com a minha vida? O que é que me vou tornar?’ Assim, também, quando o único Deus vivente e verdadeiro estava totalmente a sós, ele tinha de decidir o que ia fazer com a sua auto-existência, o que faria de si mesmo, o que se tornaria. Depois de passar na sua solidão uma eternidade de existência antes de criar, ele decidiu tornar-se Criador. Fez um propósito com respeito a si mesmo.

No entanto, o nome pelo qual o único Deus vivente e verdadeiro é conhecido em todas as inspiradas Escrituras Sagradas não é Ehiéh ou “Mostrarei Ser”. No ano de 1513 A. E. C., junto ao monte Sinai, quando Deus milagrosamente inscreveu os Dez Mandamentos em tábuas de pedra e entregou estas ao profeta Moisés, o próprio Deus soletrou seu nome que ele mesmo escolheu. Escrevendo da direita para a esquerda, Deus escreveu a letra hebraica iode, depois hê, a seguir vau e depois outro hê. Sem dúvida, Deus escreveu no estilo antigo das letras hebraicas, não no estilo moderno das letras hebraicas: הוהי. As letras correspondentes, em português, lidas da direita para a esquerda, são: HVHI; ou, no antigo latim: HVHJ. Todas as quatro letras em hebraico, são consoantes, sem vogais intercaladas entre estas consoantes.

Por isso, não se sabe hoje exatamente como Jeová pronunciou este nome divino a Moisés. Durante séculos, foi escrito por escritores latinos como Jehova. Muitos eruditos hebraicos modernos preferem pronunciar o nome como Iavé ou Javé. Mas, assim como não é o filho que dá nome ao pai, assim a criatura não dá nome ao seu Criador. O próprio Criador dá nome a si mesmo.

Entende-se que este nome sagrado, na realidade, é um verbo, a forma causativa, indefinida, do verbo hebraico hawáh. Assim, significa “Ele Causa que Venha a Ser”. Ora, atrás de todo efeito há uma causa, e atrás de toda causa ou causador inteligente há um propósito. Naturalmente, pois, o nome divino que significa “Ele Causa que Venha a Ser” incorpora em si mesmo um propósito. Assinala o Portador deste nome exclusivo como Aquele Que Tem um Propósito. Certamente, foi nesta qualidade que ele apareceu a Moisés junto ao espinheiro ardente, perto do monte Sinai, e revelou a Moisés o que decidiu fazer. Salientando a permanência ou qualidade duradoura do nome divino, Deus disse mais a Moisés: “Isto é o que deves dizer aos filhos de Israel: ‘Jeová, o Deus de vossos antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó enviou-me a vós.’ Este é o meu nome por tempo indefinido e este é o meu memorial por geração após geração.” (Êxodo 3:15) Este nome memorial não deixou de ser Dele até o dia de hoje. É um nome válido, para nós usarmos hoje.

terça-feira, 1 de maio de 2012

A história de meu pai.

por Gentil Pereira



Como meus pais tiveram problemas psiquiátricos e na minha adolescência presenciei terríveis distúrbios familiares tanto da parte de meu pai como de minha mãe..

Resolvi então estudar psicologia e até psiquiatria. Mas não fui a nem uma faculdade. Me enfiei de cabeça em livros que falavam sobre o assunto, mas o que me dificultou os estudos foi mesmo a religião.

Nos cultos presenciava papai sendo terrivelmente possuído por demônios.

Na minha cabeça eram demônios que possuíam papai sem saber que ele tinha esquizofrenia média. Nos meus estudos ví que papai sofria de depressão e recorria ao álcool para amenizar a dor da alma.

E a religião foi um cataclisma para ele. Ao invés dele se submeter a ordenanças da igreja, mais se rebelava e se afundava a uma depressão muito maior sendo internado 5 vezes.

Quase morreu com eletro-choques no tempo da ditadura; a exemplo de seu pai que foi preso e passou trinta anos em um manicômio por olhar para uma senhora do capitão.

Hoje recobrado do susto. Papai é aposentado e com 62 anos pastoreia a cinco anos uma igreja na zona sul de São Paulo.

Essa é a história de meu pai.

Augusto Cury em seus livros de psiquiatria aconselha a pessoa que tem depressão, a conhecer sua doença e sua causa.  E não deixar a doença dominar seu intelecto mas sim permitir que seu intelecto domine sua doença.

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FILHOS BRILHANTES ALUNOS FASCINANTES

Bons filhos conhecem o prefácio da história de seus pais Filhos brilhantes vão muito mais longe, conhecem os capítulos mais importantes das suas vidas.

Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes.

Bons jóvens têm sonhos ou disciplina. Jovens brilhantes têm sonhos e disciplina. Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas, que nunca transformam seus sonhos em realidade, e disciplina sem sonhos produz servos, pessoas que executam ordens, que fazem tudo automaticamente e sem pensar.

Bons alunos escondem certas intenções, mas alunos fascinantes são transparentes. Eles sabem que quem não é fiel à sua consciência tem uma dívida impagável consigo mesmo. Não querem, como alguns políticos, o sucesso a qualquer preço. Só querem o sucesso conquistado com suor, inteligência e transparência. Pois sabem que é melhor a verdade que dói do que a mentira que produz falso alívio. A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe mas no quanto ele tem consciência que não sabe.

O destino não é frequentemente inevitável, mas uma questão de escolha. Quem faz escolha, escreve sua própria história, constrói seus próprios caminhos.

Os sonhos não determinam o lugar onde vocês vão chegar, mas produzem a força necessária para tirá-los do lugar em que vocês estão. Sonhem com as estrelas para que vocês possam pisar pelo menos na Lua. Sonhem com a Lua para que vocês possam pisar pelo menos nos altos montes. Sonhem com os altos montes para que vocês possam ter dignidade quando atravessarem os vales das perdas e das frustrações. Bons alunos aprendem a matemática numérica, alunos fascinantes vão além, aprendem a matemática da emoção, que não tem conta exata e que rompe a regra da lógica. Nessa matemática você só aprende a multiplicar quando aprende a dividir, só consegue ganhar quando aprende a perder, só consegue receber, quando aprende a se doar.

Uma pessoa inteligente aprende com os seus erros, uma pessoa sábia vai além, aprende com os erros dos outros, pois é uma grande observadora.

Procurem um grande amor na vida e cultivem-no. Pois, sem amor, a vida se torna um rio sem nascente, um mar sem ondas, uma história sem aventura! Mas, nunca esqueçam, em primeiro lugar tenham um caso de amor consigo mesmos.   
Augusto Cury

sábado, 28 de abril de 2012

Repensar moldura


Ninguém vive fora de algum círculo. Quando escrevi o livro “Pensando Fora da Caixa” não sugeri o abandono de molduras. Não se pensa sem paradigmas. Propor anarquia intelectual é desatino. Nietzsche afirmou corretamente: “O nada nega a si mesmo”. Quem procura sair de formas busca mudar de lente ou de pedra de arranque. Não cogita cometer suicídio intelectual. Talvez tente criticar pressupostos; quem sabe, desobedecer bitola; com certeza, abrir algum cadeado.
Repensar moldura significa coragem de rir enquanto probos pensadores posam, com olhar compenetrado, de senhores da razão. Não há nada mais ridículo, e ao mesmo tempo engraçado, do que presenciar debate em que acadêmicos discutem a irrelevância do óbvio. Rubem Alves expressou seu desdém por essa moinha árida, que consome filósofos, teólogos e teóricos. Pensar nem sempre garante sentir. Como não desejava refletir o mundo como um espelho frio, disse: “É isso que me separa dos filósofos: sou um amante. Tenho um caso de amor com o universo…”. Para celebrar a vida é preciso esse namoro.
Repensar moldura significa não temer o mundo da sensibilidade. É preciso ousadia para chorar quando o riso se torna fácil e a alegria, banal. Na gargalhada dos medíocres, o pranto se torna virtude. Se galhofa expressar complacência, chegou a hora de lamentar. Compadecer, igual a sofrer com, precisa migrar dos imperativos e virar privilégio.
Repensar moldura significa manter acesa a flama da esperança e em tempos cínicos, sonhar. Esperança se define como a teimosia de plantar uma árvore mesmo se não há mais idade para descansar à sua sombra.
Repensar moldura significa aprender a disciplina da prece. É fazer da contemplação o alimento de uma fé que zomba do pessimismo, acredita em outro mundo possível, pisa os grilhões do destino e profetiza um porvir, em que justiça e paz se beijam.
Repensar moldura significa escolher estrada menos trilhada. Quando a multidão preferir os píncaros, descer aos vales. Se todos acharem que lodaçais crescem, sacudir a lama e alçar o voo das águias.
Repensar moldura significa não ter medo de andar para trás. É desprezar o progresso, achincalhar o sucesso, voltar à idade menina de falar na língua do “P”, apaixonar-se perdidamente,  assombrar-se com a escuridão, ver o mundo grande, fechar os olhos ao grotesco e perceber anjos e fadas ao derredor.
Repensar moldura significa assumir-se. Canhotos não precisam envergonhar-se do canhotismo. Baixinhos não devem se sentir inadequados. Orientação sexual não define caráter. É revoltar-se com as etiquetas imbecis de uma cultura burguesa que parasitou em costumes franceses e, depois, emulou o pior dos Estados Unidos.
Repensar moldura significa desvencilhar-se de afirmações piegas, ridiculamente sentimentais. É preferir a franqueza áspera dos “sem-religião” ao invés da carolice desencarnada dos alienados e por fim, constatar que o ateísmo ético supera em muito a canalhice praticada em nome de Deus. 
( Ricardo Gondim )

Um semeador triste


Vez por outra um sentimento de inutilidade me aterroriza. Sinto-me como um lobo solitário a uivar  para uma lua indiferente. Saio da cama pela manhã, sabendo que o universo não toma conhecimento de qualquer esforço meu. As rodas giram alheias à minha existência. Os dias se sucedem independente do que eu diga, fale, escreva. Não passo de um cisco que não altera a engrenagem da história.
Vivo num meio de caminho entre medíocres e gênios. Alguns elogiam textos meus. Não me iludo, sou mediano. Minha lavra não chegará à mesa de literatos, formadores de opinião, acadêmicos. Não ajudo nem atrapalho o desenrolar da política. Sem partilhar da genialidade dos mestres, não passo de meteoro sem nome a vagar no grande vazio sideral. Jamais escalado para a seleção dos extraordinários, sei: minha pífia contribuição não terá permanência histórica. Repousarei na vala onde os comuns jazem, condenados ao esquecimento eterno.
Não paro de tentar despejar-me no que faço, escrevo, falo. Caço a excelência. Faltam muitos detalhes: competência, pedigree, escolaridade, sintaxe, poesia, criatividade.
Sou semeador de ventos. As sementes que jogo não caem em terrenos bons. Amigo do profeta Ezequiel, guardo a sensação de falar a um povo de coração duro, que não quer ouvir. Por mais que me esforce, continuo incompreendido.  Minha profecia soa glossolalia – língua estranha.  Triste sina de quem vive da fala.
Encarno o Semeador, do poema de Aleksandr Púchkin (1823):
Eu semeador, deserto afora,
da liberdade, fui com mão
pura lançar, antes que a aurora
nascesse, o grão que revigora
nos sulcos vis da escravidão.
Mas todo o esforço foi em vão:
joguei vontade e tempo fora.
Pasce, pois eu te repudio,
ralé submissa e surda ao brio.
Libertar gado é faina ingrata,
pois gado se tosquia e mata.
Herda, por gerações a fio,
canga, chocalhos e chibata.
Talvez esse sentimento de inutilidade venha de uma vaidade messiânica há muito acalentada. Aquiesço: sou mal resolvido em diversas áreas. Às vezes impulsivo. Frequentemente amuado. Não importa. Vale a frustração. Mas se restar algum consolo, repito o lamento do Nazareno. Ele também se frustrou: “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram! [Lucas13.34]. ( Ricardo Gondim)

sábado, 21 de abril de 2012

DEUS É O CRIADOR

por Gentil Pereira

Imaginemos o princípio dos tempos. Absolutamente nada existia. NADA DE NADA. Nem existia a Terra, nem o sol, nem estrela alguma, nem nenhuma matéria nem energia; nem sequera existia o espaço nem o tempo, que são valores físicos que podem variar, como demonstra a teoria da relatividade.

Em resumo, NADA DE NADA. E de repente, o estouro grande da Grande Explosão inicial, também conhecida como Big-bang. Um estouro gigantesco, brutal, que deu origem, após bilhão de anos, às estrelas, galáxias, planetas, ao universo inteiro.
Esta é a teoria aceitada geralmente hoje em dia. E Deus é o responsável dessa criação. Isso como eu o sei? Muito fácil. Porque a ciência explica, na primeira lei da termodinámica, que NADA SE CRIA NEM SE DESTRUE, TUDO É TRANSFORMADO.

Nada é criado da nada e onde há algo não pode deixar para existir esse algo para ter a nada. Se nada é possível de criar da nada, é evidente que a coisa criada teve que originar-se de alguma maneira. Deus é a resposta. Naturalmente, Deus não é suscetível de ser incluído nesta premissa científica. O Criador está muito lá sobre sua criação. Este mundo nosso é caracterizado por suas limitações. Nós somos sujeitos ao esquema espaço-tempo e é-nos inconcebível uma realidade em que esta estrutura não é aplicada.

Deus, como criador supremo, não é limitado por estas leis que ele mesmo legislou. A Escritura diz: MIL ANOS PARA ELE É UM ONTEM QUE PASSOU...
Em resumo, tem que existir um criador que não seja sujeito àquelas leis físicas que ele mesmo criou. Deus é eterno, e existiu sempre. E este universo em que nós vivemos, é sua criação. Esta é a razão pela que eu posso afirmar sem nenhuma dúvida que DEUS EXISTE.

O universo ou tem um princípio no tempo ou existe de sempre. Que existe de sempre, significa que quando chegar o momento atual, o tempo passado foi infinito (vem do infinito sem princípio); isto significa que terminou de acontecer o curso de um tempo infinito, mas um tempo infinito, não pode terminar de acontecer, razão pela que é contradictorio, razão pela que o tempo tem que ter um princípio. O universo tem um princípio, ou existe porque se criou a Si mesmo, ou ele deve sua existência a alguma causa externa.

Nem cientificamente, nem filosoficamente, neste universo é sabido que nada apareceu sem causa. Raçao pela que o universo tem que ter uma causa: tem um criador, a quem chamamos Deus. Àqueles que asseguram que Deus é uma invenção da mente humana dizer-lhes que, bem ao contrário, Deus é encontrado pelo raciocínio da mente humana. É a resposta encontrada com o intelecto ao seguinte raciocínio: nada é criado nem destruído, conseqüentemente: Onde nasce este universo?

Deus não é parte deste universo, é o criador deste universo. Analogamente a um pintor, ele não é parte do painel, é o pintor do painel. O universo é um trabalho e um trabalho diz que há um trabalhador, o universo é entre outras coisas, o meio a través do qual Deus nos dá uma idéia Si mesmo.
SUMÁRIO:
De onde sae o universo?
Dilema 1:
a) Ou existe de sempre ou
b) Tem um princípio no tempo.
a) Existe de sempre? Considerando um momento de tempo, até esse momento de tempo, uma estadia infinita tinha passado, acontecimento terminado ao chegar o momento considerado. Mas uma estadia infinita não pode terminar de acontecer, é uma contradiçao. Conseqüentemente:
b) o universo tem um princípio. Se o universo tiver um princípio:
Dilema 2:
c) Apareceu da nada ou
d) Alguém externo criou-o.
c) Aparece do nada: seria o primeiro caso similar, não é sabido no universo de nada que non tenha uma causa. Seria um único. Tudo tem uma causa em algo externo a ele.
d) Conseqüentemente, o universo, tem um princípio e foi criado. Deus existe.
Todo o precedente nem é intuiçao, nem fé, é
raciocínio, lógica, filosofia.

A observação, a experimentação e a intuiçao não são incompatíveis com a fé. Cada tem seu campo e aqueles campos são perfeitamente compatíveis. Tudo não é ciência, existem outras diversas coisas. As ciências a única coisa que explicam são COMO as coisas acontecem, nunca por que. A ciência não pode dar a razão de todas as coisas, sendo uma ciência cerrada, que não necessite qualquer coisa máis, possa dar a razão de A com B; de B com C, C com D... a última razão deve ser ciência exterior, não se sabe de nenhuma ciência cerrada.
No ano 1999, S. S. JoãO Paulo II aceitou como "mais que provável", as teorias dos evolucionistas.

Isto não supõe nenhuma contradicçao com a Bíblia. A Bíblia não é um livro de ciência, para compreendela é necessário interpretar a mensagem, não as palavras concretas. A mensagem do Génese é que Deus criou ao homem. Chame-se a este Adam e Eva ou Grande-Explosao; o fato é que esse Deus, o criador, é essencial para explicar a existência do universo. S. S. o papa adicionou também uma outra questiao essencial à mensagem "A ALMA VEM DE DEUS". Este é o coração do assunto. A alma é originada diretamente por Deus.

Como disse a Bíblia em determinada passagem: EU CONHECI-O ANTES QUE VOCÊ ESTÊVE GERADO NO VENTRE DE SUA MAE. Neste caso, Deus fala sobre o espírito, não do corpo físico, que não existe ainda. Deus inssufla o espírito no corpo uma vez que a concepçao ocorre.
A Igreja católica aceita a teoria da evolução, da qual numerosas probas existem. E ao contrário de muitas igrejas protestantes, não interpreta a Bíbia literalmente. É mais, declara que em sua análise, segura nas perguntas puramente teológicas, a ciência histórica prevalece sobre ela.

O creacionismo dos mormoms, por exemplo é incompatível com a evolução, mas o creacionismo católico é perfeitamente compatível: Deus cría o mundo e as potencialidades são desenvolvidas durante todo os milenios seguintes.
Uma vez que compreendemos que o Velho Testamento está escrito frequentemente em língua simbólica ou mitologica, é absurdo a interpretar literalmente. Eu não acredito que há um problema para ver no Génese uma explanação que possa ser compatível com o evolucionismo (pre-cientista, fabuloso e tudo o que queiramos, mas compatível).

Em nenhum caso, eu não acho nenhum problema em aceitar as teorias científicas e em continuar pensando que o mundo estêve criado por Deus. Uma coisa não exclui a outra.
Que Deus nos ajude!

domingo, 4 de março de 2012

Reflexão - O que é a vida?

Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.

Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.

Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.

Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos, seios, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.

Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?

E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.

Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso. e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um renascer, exceto aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.

Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão. E que missão!

Fique em Paz! E que Deus nos ajude!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O verdadeiro Evangelho

Depois de toda uma vida dedicando-se à uma instituição chamada de Igreja e ao caminho que sempre lhe pareceu o certo,voce esta diante de uma dolorosa dúvida: como é possível ser cristão há tanto tempo e, ainda assim, se sentir tão vazio?

A resposta deste vazio esta na transformação da igreja de Cristo em uma instituição, empresa e organização religiosa, voltada a obter recursos financeiros, foi ai que iniciou-se um processo de perda da verdadeira essencia e identidade da Igreja plantada por Jesus Cristo. Infelizmente, nos dias atuais é difícil econtrarmos dirigentes dessas igrejas, pregando a verdade expressa claramente nas escrituras, pregam de forma a atender os seus interesses pessoais e financeiros da instituição , esquecendo de mostrar para seus membros o caminho verdadeiro de um evagelho voltado para a salvação pessoal e do seu proximo.

O que temos visto é uma suposta igreja de Cristo se afundando em uma religiosidade adaptada para aceitar todo tipo de praticas do mundo(isso para obter mais recursos financeiros), esquecendo das praticas ensinadas por Jesus, também, do dever do Cristão de ser Luz para o mundo, tendo uma vida reta e exemplar na sociedade.

O sal se tornou insípido. A luz está colocada dentro de quatro paredes de uma suposta igreja. A casa foi construída na areia. O Cristo está à porta, mas não lhe abrem passagem. E juram de pé junto com base nas estatísticas de crescimento de sua instituição que estão certos, que Deus esta presente.
A emoção corre solta nos cultos, em pulpitos que parecem palcos de verdadeiros espetaculos da Broadway, isso acontece durante os louvores, pregaçoes, testemunhos e oraçoes com aparatos, palavras e vigor para induzir uma falsa emoção que dura até no máximo ao primeiro passo fora dali, quando o mundo volta a girar em torno do centro da terra, e as panças bem forradas, nem lembram que existem pessoas necessitando de alento e de Cristo.

Esses maravilhosos pregadores e dirigentes, gostam da midia (Tv, Radio, Jornais e Cultos online), esquecendo que muitos necessitam de contato e calor humano para se achegarem a um Cristo verdadeiro e nao ao um cristo moldado aos tempos atuais e interesses da instituição. Enfim, temos uma suposta igreja de Cristo, voltada para o marketing "uma linha de produtos com a cara da massa”.

O mandamento era ide e fazei discípulos, e o que fizeram? Cínico proselitismo. E sabe por quê? Porque esta igreja atual é uma farsa e estão arregimentando novas “almas” para compor uma sofisticada logística do entretenimento entre quatro paredes. Domingo a pós domingo, testemunhos após testemunhos, mensagem após mensagem, louvor após louvor, dízimo após dízimo, pregadores dizem por conveniência coisas que Cristo não disse e omitem outras que ele disse.

Paulo sempre escrevia para Timóteo falando acerca do valor e utilidade das Santas Escrituras. E, na 2ª Epístola de Paulo à Timóteo, capítulo 4, versículos 1 ao 5, Paulo lhe recomendava:

"Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu Reino: prega a palavra, insta, que seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longaminidade e doutrina, pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres, segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as cousas, suporta as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o seu ministério".

Temos que viver o verdadeiro evangelho das Santas Escrituras e prega-las para outras pessoas, abrir os olhos do mundo para a salvação proposta por Cristo, sem adaptar, sem criar atalhos, sem defender interesses proprios. Vamos ser verdadeiros discipulos de Cristo, levando ao mundo a verdade expressa no evangelho.

Temos que voltar à verdadeira forma de comunhão com o Pai celestial através de seu filho Jesus Cristo.

Abraços…

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Eu e Deus

Por gentil pereira santos

Creio em Deus. Mas o que significa crer em Deus? Será que crer em Deus significa não matar, não roubar, não mentir, não adulterar ou não se prostituir?

Oras, se os que mentem dizem acreditar em Deus e os que matam, matam muitas vezes em nome Deus... Então não matar, ou roubar, ou mentir, ou não adulterar não tem nada haver com a minha crença em Deus, pois que muitas ou muitos que se prostituem acreditam em Deus.

Mas então o que significa acreditar em Deus? Será que podemos relativar a crença em Deus dentro de dogmas religiosos? Acreditar em Deus é ter um padrão de caráter mais elevado?

O que significa acreditar em Deus? Será que significa ser melhor que os outros que teêm uma religião diferente ou um deus diferente, e isso então me faz pensar que sou um ser melhor que os outros?

O que significa acreditar em Deus efetivamente? Porque se acreditar em Deus significa ser mais digno socialmente, é preciso reformular-mos o conceito "acreditar em Deus" porque muitos que dizem acreditar em Deus são indgos de dizerem que acreditam em Deus.

Que Ele

nos ajude!