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sábado, 31 de dezembro de 2011

O Natal, o que é isso?

Muito se tem falado contra o Natal. Os principais argumentos são origens pagãs ou católicas, a influência mercadológica nos dias de hoje e uma suposta violação do princípio regulador do culto. Apesar de haverem pontos válidos, no VE não cremos que haja qualquer impedimento bíblico para os cristãos comemorarem o nascimento de Cristo – atenção, comemorar o nascimento de Cristo – em uma data qualquer (ou no dia 25 de Dezembro). Iremos abaixo apresentar resumidamente alguns argumentos e referências sobre o assunto.
Em 2010 postamos um texto de John Piper onde ele trata sobre a relevância da origem pagã do Natal. John MacArthur respondendo a pergunta “os cristãos devem celebrar o natal?” argumenta:

As Escrituras não ordenam especificamente que os crentes celebrem o Natal — não há “Dias Sagrados” prescritos que a igreja deva celebrar. De fato, o Natal não era observado como uma festividade até muito após o período bíblico. Não foi antes de meados do século V que o Natal recebeu algum reconhecimento oficial.
Nós cremos que o celebrar o Natal não é uma questão de certo ou errado, visto que Romanos 14:5-6 nos fornece a liberdade para decidir se observaremos ou não dias especiais:
Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus (Romanos 14: 5-6).
De acordo com esses versos, um cristão pode, legitimamente, separar qualquer dia — incluindo o Natal — como um dia para o Senhor. Cremos que o Natal proporciona aos crentes uma grande oportunidade para exaltar Jesus Cristo.


Mark Driscoll diz que quando se trata de questões culturais os cristãos têm três opções: Rejeitar, Receber ou Redimir.

Receber – Há coisas na cultura que fazem parte da graça comum de Deus a todas as pessoas, as quais um cristão pode simplesmente receber. É por isso que, por exemplo, estou digitando em um Mac e vou postar neste blog na internet sem ter que procurar um computador ou um formato de comunicação expressamente cristãos.
Rejeitar – Há coisas na cultura que são pecaminosas e não benéficas. Um exemplo é a pornografia, que não tem valor redentor e deve ser rejeitada por um cristão.
Resgatar – Há coisas na cultura que não são ruins em si mesmas, mas podem ser usadas de uma forma pecaminosa e, portanto, precisam ser resgatadas pelo povo de Deus. Um exemplo que teve grande repercussão na mídia é o prazer sexual. Deus fez nossos corpos para, entre outros fins, o prazer sexual. E, embora muitos tenham pecado sexualmente, como cristãos, devemos resgatar este grande dom e todas as suas alegrias, no contexto do casamento.


Dentro dessa perspectiva, há aqueles que rejeitam o Natal (e não há problema nenhum, desde que se atentem as repreensões de Paulo em Romanos 14). Cremos, contudo, que temos a oportunidade de resgatar esta festividade, usando-a para os seguintes fins:

Primeiro, a temporada de Natal nos lembra das grandes verdades da Encarnação. Recordar as verdades importantes sobre Cristo e o evangelho é um tema prevalecente no Novo Testamento (1 Coríntios 11:25; 2 Pedro 1:12-15; 2 Tessalonicenses 2:5). A verdade necessita de repetição, pois nós facilmente a esquecemos. Assim, devemos celebrar o Natal para recordar o nascimento de Cristo e nos maravilhar ante o mistério da Encarnação.
O Natal também pode ser um tempo para adoração reverente. Os pastores glorificaram e louvaram a Deus pelo nascimento de Jesus, o Messias. Eles se regozijaram quando os anjos proclamaram que em Belém havia nascido um Salvador, Cristo o Senhor (Lucas 2:11). O bebê deitado na manjedoura naquele dia é nosso Senhor, o “Senhor dos senhores e Rei dos reis” (Mateus 1:21; Apocalipse 17:14).
Finalmente, as pessoas tendem a serem mais abertas ao evangelho durante as festividades de Natal. Devemos aproveitar desta abertura para testemunhar a eles da graça salvadora de Deus, através de Jesus Cristo. O Natal é principalmente sobre o Messias prometido, que veio para salvar Seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21). A festividade nos fornece uma maravilhosa oportunidade para compartilhar esta verdade.
Embora nossa sociedade tenha deturpado a mensagem do Natal através do consumismo, dos mitos e das tradições vazias, não devemos deixar que estas coisas nos atrapalhem de apreciar o real significado do Natal. Aproveitemo-nos desta oportunidade para lembrar dEle, adorá-Lo e fielmente testemunhar dEle.


E que Deus nos Ajude!

Fonte: http://voltemosaoevangelho.com/blog/2011/12/redimindo-o-natal/

No Natal, Igreja Renascer sorteará apartamento de luxo no valor de R$ 400 mil com carro na garagem

A igreja Renascer em Cristo está promovendo um sorteio de um apartamento de luxo, totalmente mobiliado e com carro na garagem. O concurso natalino está sendo usado para arrecadar verbas.

Um pastor da Igreja que não se identificou afirmou que a igreja precisa inovar para conseguir maiores arrecadações. "Sabe, é como se fosse uma indústria, você tem que jogar suas fichas em um novo produto para tentar alavancar suas finanças. Ou você tenta algo novo, vendê-la para o maior número de pessoas e cobrir seus gastos e tentar lucrar, ou então, ficaremos na velha mania de pedir dez por cento. O apóstolo é um gênio nessa área", afirmou o pastor ao Folha Renascer.

Membros da igreja não sabem explicar a origem do apartamento de luxo, que possui três dormitórios com uma suíte, closet, dormitório para empregada, sacada aberta, duas vagas desmarcadas na garagem e aquecimento central a gás. O imóvel está avaliado em R$ 400 mil, sem levar em conta o valor do carro.

O sorteio será realizado pela loteria federal no dia 24 de dezembro, e caso o sorteio não contemple um ganhador, o prêmio ficará para a Renascer.

Fonte: Gospel+

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O verossímil e o inverossímil

Verossímil significa semelhante à verdade. E o seu contrário significa semelhante ao falso.
Uma narrativa pode parecer verdadeira(verossímil) e ser verdadeira ou falsa.
Ou pode parecer falsa(inverossímil) e ser verdadeira ou falsa.

O interesse sobre o assunto é maior quando temos as seguintes duas combinações:
1-Narrativa verossímil e falsa
2-Narrativa inverossímil e verdadeira

Os mentirosos utilizam a combinação 1 para enganar. Tanto mais bem sucedidos quanto melhor usarem as técnicas de verossimilhança.

Outras pessoas, comprometidas com a verdade, já passaram por apuros ao narrar tão estranhos e bizarros fatos que, de tão fantásticos, não foram acreditados. Apesar de realmente terem ocorrido. Esse é um exemplo da combinação 2.

Outros nomes para narrativas verossímeis: história que convence, história coerente.
Outros nomes para narrativas inverossímeis: história para boi dormir, história sem pé nem cabeça.

O verossímil e o inverossímil

Verossímil significa semelhante à verdade. E o seu contrário significa semelhante ao falso.
Uma narrativa pode parecer verdadeira(verossímil) e ser verdadeira ou falsa.
Ou pode parecer falsa(inverossímil) e ser verdadeira ou falsa.

O interesse sobre o assunto é maior quando temos as seguintes duas combinações:
1-Narrativa verossímil e falsa
2-Narrativa inverossímil e verdadeira

Os mentirosos utilizam a combinação 1 para enganar. Tanto mais bem sucedidos quanto melhor usarem as técnicas de verossimilhança.

Outras pessoas, comprometidas com a verdade, já passaram por apuros ao narrar tão estranhos e bizarros fatos que, de tão fantásticos, não foram acreditados. Apesar de realmente terem ocorrido. Esse é um exemplo da combinação 2.

Outros nomes para narrativas verossímeis: história que convence, história coerente.
Outros nomes para narrativas inverossímeis: história para boi dormir, história sem pé nem cabeça.

As operações do espírito humano a serviço do conhecimento racional

O espírito humano, para adquirir conhecimento, utiliza a razão desse modo: ele realiza uma seqüência temporal de três operações: a simples apreensão, o juízo e o raciocínio.

A primeira operação.
Quando nosso espírito faz ato de simples apreensão, ele se contenta em apreender uma coisa sem nada afirmar ou negar. Esse ato não supõe nenhuma outra operação intelectual antes dele. Apenas as operações dos sentidos(visão, audição, tato, paladar, olfato e o sexto sentido) podem ser anteriores à simples apreensão.

A segunda operação. Após o ato de apreender, o nosso espírito estará apto a julgar(afirmar ou negar, juntar ou separar). Pelo juízo, o espírito declara-se de posse da verdade sobre este ou aquele ponto.

A terceira operação. O raciocínio é a operação mais complexa do nosso espírito. O raciocínio nos leva das coisas que conhecemos para as coisas que ainda não descobrimos ou demonstramos. O raciocínio calcula juízos previamente concebidos com o objetivo de concluir.

Exemplos:
Simples apreensão: "homem", "mortal", "Sócrates".

Juízo: "Todo homem é mortal", "Sócrates é homem".

Raciocínio: Calcula os juízos e conclui: "Logo, Sócrates é mortal".

Post Scriptum:
O sexto sentido indica a posição do corpo em relação ao campo gravitacional. As "pedrinhas" do laririnto rolam sempre para a posição de menor energia potencial e, assim, excitam terminações nervosas dentro do canal. Só quem tem labirintite sabe como faz falta ter um sexto sentido sadio.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Abolindo o uso da aliança. quem dera.

O anel de noivado usa-se no dedo anelar da mão esquerda. Desde os egípcios que o anel de noivado é usado neste dedo: eles acreditavam que nele existia um vaso sanguíneo com a ligação mais direta ao coração. Se fosse para abolir todas as ações pagãs essa(a aliança)seria a primeira delas.

Tanto o noivo como a noiva, devem sair de casa com o pé direito.

Na véspera do casamento, os noivos não devem dormir sob o mesmo tecto. Dá azar. Para quem já vive junto antes do grande dia, fica complicado! Tradição a quanto obrigas!
Antes de sair para a cerimónia a noiva deve dar o último ponto no vestido.

O casamento- a cerimonia- a festa:
Se actualmente os pais dizem que os seus “filhos se casam” nem sempre foi assim.
Antigamente, no período do reino do sistema patriarcal “os pais casavam os filhos”, e davam-lhes casa, propriamente dito, cedendo á nova família uma parte de suas propriedades, casa e terras. Daí o “casar”, dar casa.

O casamento deve combater um monstro que tudo devora: o costume"
citação de Honoré de Balzac

Não corra o risco de não se casar!
Não deixe ninguém lhe varrer os pés, pois lhe varreria a sorte.
Não experimente alianças de casamento de outras pessoas. Você não quer viver o casamento dos outros, quer o seu!
Não se sente ao canto da mesa. Você não quer ficar “ao canto”.

No decorrer do seu namoro, o par de namorados não devem ser padrinhos de casamento de outros.

Vamos abolir o uso do anel de aliança então. Deixemos de ser religiosos...

domingo, 18 de dezembro de 2011

ESTÉTICA de Mário Quintana.

Mário Quintana assim encontra o Belo:

“Nada, no mundo, é, por si mesmo, feio.
Inda a mais vil mulher, inda o mais triste poema,
Palpita sempre neles o divino anseio
Da Beleza suprema...”

Estética é uma palavra grega que significa percepção ou sensação. Trata-se de ciência, tornada autônoma da Filosofia desde 1750. Ela estuda o Belo e as Artes.
O poeta Antônio Gedeão se pergunta por que as coisas belas deixam cicatrizes na memoria dos homens e por que motivo são belas? E para quê?

Já a matemática portuguesa Natália Bebiano diz que há humanos que consideram a matemática bela e que Einstein usava a beleza como critério de verdade de suas teorias.
E Poincaré assim disse: " O cientista não estuda a natureza porque tal é útil. Estuda-a porque tem prazer nisso; e tem prazer nisso porque ela é bela. Se a natureza não fosse bela, não valeria a pena o conhecimento, nem a vida valeria a pena ser vivida..."

Novamente Natália Bebiano: " A arte existe, não para ser útil, mas para a honra do espírito humano. Para nos reconciliar com os limites da nossa precariedade: a morte, o mal, a guerra...Até ao impossível."

O autor Sailo Marques espera ter despertado o interesse do leitor sobre o tema estética.

O axioma e o dogma

Natália Bebiano é uma autora excepcional. Ela escreveu um livro que abordava vários temas, dentre eles um estudo sintético sobre o axioma. Eu o li há dois anos e verdadeiramente tomei um banho de luz.
Comecemos o assunto por uma lavra aristotélica:
'" Nem tudo pode ser provado, já que, de outra maneira, a cadeia de provas seria interminável. Como temos de começar nalgum sítio, começamos com coisas que admitimos, mas que são indemonstráveis."
Considero essa citação digna de ser dita às crianças. Elas costumeiramente encadeiam aos adultos questionamentos recheados de porquês.
Outro momento adequado para invocar essa lavra ocorre quando alunos intrigados pressionam seus mestres com perguntas, que exigem, como resposta, a exibição de causas primeiras.
Mais luz com Natália:
"Axioma significa originalmente dignidade. Atualmente, também significa o que é digno de ser estimado, acreditado ou valorado. Em outras palavras: Axioma é um ponto de partida que, por sua dignidade, deve considerar-se verdadeiro. Uma vez enunciado e entendido, detém em si um imperativo que obriga ao seu assentimento."
Assim, posso inferir que cada ciência tem seu conjunto de axiomas ou "pontos de partida" indemonstráveis.
Porém e contra a indemonstrabilidade, há estudiosos de critérios de verdade que se recusam a predicar os axiomas como verdadeiros. Eles entendem que um sistema lógico-dedutivo pode ser comparado a um jogo em que os axiomas são somente as regras. E, pelo critério da navalha de Ockham, esses estudiosos tendem a estar certos!
E o dogma?
Segundo o Wikipédia:
"Um dogma, no campo filosófico, é uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação. No campo religioso é uma verdade divina, revelada e acatada pelos fiéis. No catolicismo os dogmas surgem das Escrituras e da autoridade da Igreja Católica"
Corolário: ciência e fé são fundamentadas em princípios indemonstráveis.
Exemplos de axioma/dogma/regra de jogo:
1-Não matarás
2-Deus criou todas as coisas
Essas duas regras foram aplicadas em 1376 pelo dominicano Nicolau Eymerich em seu "Manual do Inquisidor":
Caso 1:Uma pessoa é declarada herege porque ofendeu a Deus. Logo ela será queimada pois o que a mata é o fogo e não um cristão.
Caso 2:Uma pessoa zombou do Senhor, debochou do Seu amor e rendeu homenagens ao Danado. Logo, há razões suficientes para que essa pessoa e seus herdeiros não usufruam mais das criações divinas. Nada mais reto do que confiscar/expropriar seus bens em favor do Estado ou da Igreja.

A razão e o argumento irresistível

A ele, ninguém poderá recusar a própria adesão.

"Pois diante do fundamento irresistível, a mente se dobra necessariamente, tal como o faz a vontade diante do poder irresistível. O fundamento último não pode mais ser questionado, assim como o poder último deve ser obedecido sem questionamentos. Quem resiste ao primeiro se põe fora da comunidade das pessoas racionais, assim como quem se rebela contra o segundo se põe fora da comunidade das pessoas justas ou boas."
Norberto Bobbio
Pois bem, Bobbio foi um dos mais famosos humanistas de nosso tempo. E ao aplicar a razão humana a temas sociais, ele encontrou o conforto da coerência porque existe o pacto entre os humanos de que não pode haver a quebra das regras lógicas. Nessa esteira, posso dizer que sempre derrotamos teses antagônicas quando exibimos a corrupção de alguma regra lógica.
A razão humana, desenvolvida ao longo das sucessivas gerações de hominídeos e assemelhados, funciona como um software que roda em nosso encéfalo.
Há várias regras lógicas como o famoso princípio da não contradição: é impossível que algo seja e não seja ao mesmo tempo.
Mas, quando aplicamos a razão humana a fenômenos naturais, precisamos ser mais cautelosos. A física quântica, por exemplo, fere mortalmente as regras lógicas humanas. Por exemplo, a luz pode ser matéria e energia simultaneamente.
Até os fenômenos de transporte de energia, como as ondas de telecomunicações, estão além da nossa natural compreensão.
Pois é. A Realidade debocha da lógica humana.
Immanoel Kant escreveu um livro chamado Crítica da Razão Pura, em que afirma ser impossível para a mente humana apreender toda a Realidade com o intuito de descobrir a razão de ser, as causas primeiras das coisas. Se esse juízo for verdadeiro, a Metafísica desce à cova.
E para piorar a situação da Metafísica, os psicólogos evolucionistas afirmam que nosso raciocínio foi desenvolvido para otimizar a busca do prazer (comida, sexo) e a fuga da dor. Afirmam ainda que fomos desenhados apenas para sobreviver nas savanas africanas. E que não fomos desenhados para responder a todos os questionamentos que nosso encéfalo elabora.
O advento da razão humana nos trouxe méritos (domínio de parte do ecossistema) e deméritos(consciência de não saber o que vai acontecer daqui a pouco e o estresse causado pela não explicação razoável da Realidade apreendida).
Contemplemos agora os questionamentos de um ser menos racional do que nós: Um cão parece pouco se importar com o porvir e a sua Realidade parece não o importunar tanto. Pena que ele pouco domine os recursos materiais e imateriais em seu entorno!
Nota de rodapé:
1. Segundo Carlos Fontes, Metafíca é o termo filosófico que se aplica a um saber que procura penetrar no que está "além" ou "por detrás" do que nos é dado pela experiência imediata.

O demiurgo platônico

Segundo Platão, no princípio do Universo havia a matéria caótica e disforme. Havia também as idéias, que são perfeitas. Havia o espaço e havia o Demiurgo( Deus).
O Demiurgo, entristecido com a desordem, resolve copiar as idéias na matéria. Desse modo, Ele gera os objetos que formam a nossa Realidade.
Assim e para sempre, os objetos imperfeitos(constiuídos da matéria e de cópias das idéias) ficam separados das perfeitas idéias.
Podemos inferir, desse modelo platônico, que as cópias das perfeitas idéias estão incrustadas em nós. Com o tempo, nós nos lembramos das idéias! E a descoberta de algo novo é apenas o relembrar do que já se sabia a priori.
Esse é o momento de pedir ao leitor que se lembre, não das perfeitas idéias, mas das pessoas de sua rede social que são demiurgas platônicas.
Melhor esclarecendo...O termo " demiurgo platônico", atualmente, possui também um significado pejorativo. Ele designa as pessoas que têm a disposição de parecer sempre certas, assenhoradas da Verdade. Pessoas que tudo sabem e que a tudo explicam. Além disso, quando confrontadas com seus erros, fazem cara de paisagem.

fábula do escorpião e do sapo

Segundo o Wikipédia,
"A fábula é uma narrativa alegórica cujos personagens são geralmente animais e cujo desenlace reflete uma lição moral. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos."
Passemos à narrativa:
Era uma vez um escorpião desejoso de praticar o bem. Como não era bem visto pela comunidade local, resolveu ir viver do outro lado do rio. Lá, poderia exercitar seu altrísmo sem desconfianças.
Mas ele não sabia nadar e precisava atravessar de uma margem para a outra. E sua espécie ainda não havia acumulado o conhecimento náutico suficiente para construir um barco viável para fazer a travessia.
Então resolve pedir carona nas costas de um sapo. Vai lá conversar com ele para expor seu pleito.
O sapo o ouve atentamente. Pensa que o escorpião o está confundindo com um burro e declara:
- Senhor escorpião, não posso dar-lhe carona em minhas costas porque durante a travessia o senhor vai me ferroar.
O escorpião, leitor assíduo de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, replica imediatamente:
- Senhor sapo, eu jamais o ferroaria na travessia, pois ao fazê-lo, o senhor afundaria e eu morreria afogado.
Realmente, sapo não é burro mas é batráquio.
Pois não é que o sapo acatou o arrazoado do escorpião, reviu sua opinião e resolveu dar a carona!
Porém, em dado momento da travessia, o sapo sentir penetrar profundamente o agulhão em sua carne sapal.
E, já se debatendo, ainda teve tempo de perplexamente perguntar ao escorpião:
- Mas por quê?
E, antes da submersão, ouviu a seguinte resposta escorpiônica:
- É algo acima de mim, fora de meu controle, é de minha natureza!

O livre arbítrio

O livre arbítrio não existe. Trata-se de uma idealização humana para tornar possível o jogo da ética. Aristóteles já dizia que o homem é um animal político porque almeja viver na pólis(cidade). Por outras palavras: o homem é um animal social, é feliz quando está em uma comunidade.

E em comunidade, cada integrante tem seus atos e omissões avaliados pelos demais membros.
Com o tempo, a comunidade estabelece valores para as ações e omissões de seus membros.
E, para que a comunidade julgue determinado membro, ela supõe que ele teve liberdade de escolha entre o valor "bem" e o valor "mal".

O raciocínio condenatório seria: Ele fez isso porque quis, logo deve receber tal reprimenda.
As punições são necessárias para a saúde da comunidade. Porém a justificativa para a punição é falsa.

A nossa vontade e a nossa determinação são o fruto de uma configuração neuronal e química instantânea. Por isso, nem somos capazes de saber o que estaremos pensando daqui a instantes.
Felizes são os indivíduos que apresentam configurações parecidas. São chamados de normais, pois agem conforme valores sociais médios.

Os que agem longe dos valores médios são os anormais.
Exemplo: tempo de depressão pela morte do cônjuge:
3 dias-anormal-longe do valor médio
3 meses-normal-perto do valor médio
3 anos-anormal-longe do valor médio
Falar mais o que? Já que as palavras são caladas... escrevo. A paz

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Farsa De Che Guevara



Sempre fui curioso com a história de Che Guevara.
Já vi um documentário, um filme e li algumas matérias sobre o guerrilheiro argentino, que até hoje faz sucesso nas camisetas descoladas da juventude ao redor do mundo. Ontem eu li a melhor matéria de todas – que saiu na Veja.
A minha conclusão é que a tatuagem de Maradona não poderia ser mais apropriada: Che Guevara é uma farsa.
Eu já desconfiava que Ernesto “Che” Guevara Lynch de la Serna, foi apenas um assassino covarde, encoberto por um discurso altamente “marqueteiro” de justiça social e revolução feito principalmente por Fidel Castro e pelos comunistas, liderados pela União Soviética.
Na verdade, Che Guevara era um bronco, completamente avesso à vida em liberdade. Era mais do que um totalitarista, Che matou muita gente inocente ajudando a instaurar um regime de terror em Cuba, pilares da ditadura pilotada por Fidel e seu irmão Raul até os dias de hoje.
O chefe das forças revolucionárias de Fidel constantemente botava em risco a vida de seus comandados e tinha o dedo pesado na hora de ordenar operações de torturas e fuzilamentos em massa. Foram milhares de pessoas mortas por suas ordens, ou mesmo pelo seu calibre 45, sempre presente em sua cintura.
O mais curioso nessa história toda é o gigantesco contra-senso que aparece nas versões mais fantasiosas de sua biografia, colocando-o como um guerrilheiro pela democracia esquerdista, contrário à ditadura.
Nesse aspecto, Che Guevara até pode aproximar-se de líderes que provaram sua força através de ações de extermínio, como Pinochet, Mao Tse Tung, Stalin, Mussolini, Franco, Hitler e o próprio Fidel Castro. A diferença era a sua enorme limitação enquanto pensador, ou mesmo como estrategista de uma determinada causa. Che era apenas um comandante sanguinário, arrogante e tosco toda vida.
Todos esses líderes tiveram seus nomes imortalizados e inacreditavelmente Che Guevara está entre eles, sem ter conseguido vencer uma causa sequer. Sua colaboração ao mundo fica apenas em uma imagem feita pelo fotógrafo Alberto Korda em 1960 e uma frase que não é sua: “Há que endurecer-se sem jamais perder-se a ternura”.

Há exatos 40 anos Che Guevara morreu na selva boliviana. Suas últimas palavras foram típicas de um derrotado, muito diferente dessa imagem semi-heróica que até hoje é atribuída a si. Não há qualquer dignidade em um comandante que apela e diz para o seu carrasco: “Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto”.
A justiça foi feita, mas lamentavelmente a farsa ao redor do mito continua.