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domingo, 18 de dezembro de 2011

fábula do escorpião e do sapo

Segundo o Wikipédia,
"A fábula é uma narrativa alegórica cujos personagens são geralmente animais e cujo desenlace reflete uma lição moral. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos."
Passemos à narrativa:
Era uma vez um escorpião desejoso de praticar o bem. Como não era bem visto pela comunidade local, resolveu ir viver do outro lado do rio. Lá, poderia exercitar seu altrísmo sem desconfianças.
Mas ele não sabia nadar e precisava atravessar de uma margem para a outra. E sua espécie ainda não havia acumulado o conhecimento náutico suficiente para construir um barco viável para fazer a travessia.
Então resolve pedir carona nas costas de um sapo. Vai lá conversar com ele para expor seu pleito.
O sapo o ouve atentamente. Pensa que o escorpião o está confundindo com um burro e declara:
- Senhor escorpião, não posso dar-lhe carona em minhas costas porque durante a travessia o senhor vai me ferroar.
O escorpião, leitor assíduo de Aristóteles e de São Tomás de Aquino, replica imediatamente:
- Senhor sapo, eu jamais o ferroaria na travessia, pois ao fazê-lo, o senhor afundaria e eu morreria afogado.
Realmente, sapo não é burro mas é batráquio.
Pois não é que o sapo acatou o arrazoado do escorpião, reviu sua opinião e resolveu dar a carona!
Porém, em dado momento da travessia, o sapo sentir penetrar profundamente o agulhão em sua carne sapal.
E, já se debatendo, ainda teve tempo de perplexamente perguntar ao escorpião:
- Mas por quê?
E, antes da submersão, ouviu a seguinte resposta escorpiônica:
- É algo acima de mim, fora de meu controle, é de minha natureza!

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