eu era um grão,
pobre grão jogado,
displicentemente num canto qualquer.
Mãos sensíveis de um jardineiro,
que se dizia ex-futuro pianista,
plantou-me em seu jardim.
Um botânico, certamente curioso,
ao ver-me afirmou categoricamente:
- deste grão não nascerá rosa
- rosa não brotará, afirmou
um advogado...
Semente irresignada
libertei-me do mutismo
e disse para mim mesma:
São todos loucos, todos eles...
Dias depois
Nasci!
Esplendorosa e bela rosa.
(Antônio Moreira)
Poema extraído do livro Antologia XI pg 07
Centro literário de Rio Claro - CLIRC
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