O ser humano que se recicla...

Por gentil pereira

Minha fadiga soma-se à vontade de continuar neste caminho de labuta abstruso; mas sozinho ando cabisbaixo e absorto conto proficuidades. Quem dera houvesse alguém que sentisse um pouco que fosse da tamanha consternação que há em mim. Pasmo, olho os sonhos que tive e lutei para utopicamente fazê-los existir.

Orgulhoso olho o caminho percorrido nos longos anos de minha vida. A ninguém devo nada. A verdade de caráter sempre foi minha capa. Verdade que dói e machuca. Verdade que não tem medo de se mostrar. A Verdade liberta quem quer liberdade de alma. A verdade que prego em púlpitos e nas esquinas da vida é doce e amarga.

Como que em pé à beira de um precipício, escolho saltar para o desconhecido. Deus existe... Crédulo navego nas grandes garras do mau. Sem saber o final das coisas, me dou ao amor dos amigos. Podes perguntar sobre o que escrevo. Não sei. Mas se alguém está passando pelo que eu estou passando não me perguntará nada, mas chorará comigo.

Quem dera não estivesse só quando estive rodeado de gente. O capitalismo é um demônio cruel; a ninguém perdoa quando nos vendemos barato. Tudo é vendável, no capitalismo até o ser humano; mas tudo se desgasta e quando não é mais útil se joga fora. Tudo pode ser reciclável, menos o ser humano.

Que Deus nos Ajude!