A Dor Humana

Por gentil pereira

Hoje temos muitas pessoas que se colocam como salvadores da pátria. Essa expressão é usada quando alguém se levanta para defender uma causa dificílima e vai mais além, achando que resolverá os problemas do país e do mundo. Engana-se quem pensa que pode resolver toda a miséria que assola o nosso país.  Que fossemos uma simples andorinha...

Pois pastores, bispos, apóstolos e doutores da lei, filósofos, teólogos e políticos quando se colocam a resolverem os problemas do mundo, eu fico com uma pulga atrás da orelha. Nada me convence de que o mundo tem solução. Na maioria das vezes os problemas sociais beneficiam alguém e isso não tem fim.

Ninguém quer resolver os problemas do nordeste. Ali as crianças morrem subnutridas, pela abstinência do governo de ajudar o mais necessitado. Mas próximo à eleição, logo vem os políticos a prometerem solução para a mortandade infantil, a seca, a pobreza, o abandono social e o desemprego.

No Rio de Janeiro não é diferente quando, se beneficiando do caos das favelas entregues ao tráfico, os políticos prometem acabar com os bandidos, o arrastão nas praias (agora o asfalto) e o problema de saúde pública.

Na cidade de São Paulo e em Minas - Belo Horizonte, os “Salvadores” da pátria prometem acabar com o trânsito caótico e insuportável. Prometem alargar as vias e os corredores de ônibus. Prometem até acabar com o desemprego que é um problema nacional.

Os políticos da Bahia prometem colocar mais vigilância nos pontos turísticos, prometem dar mais atenção aos pobres e fazerem mais escolas públicas.

Os lideres Evangélicos do mundo, em cada parte territorial tem o seu filão. A começar pelos Estados Unidos, e a Europa, os lideres estão em uma corrida para arrebanhar almas prometendo-lhes riquezas e bens duráveis. Se não bastassem os “dons espirituais” que fez ferver as igrejas do passado, agora os Europeus querem ganhar a África para o Senhor. Mais uma escravidão; a espiritual.

A América Latina vive um momento dos mais complicados já vistos na história da Igreja Cristã. O Show Busnnes impera nas igrejas e quanto mais título o líder religioso tiver, mais é respeitado pelos seus ouvintes. Quando se pensa que o religioso vai sair pela porta da frente sai a lá francesa. Uma verdadeira estrela do altar.

Sem falar do consumo capitalista cristão. Tudo se tornou mercadoria a ser consumido. O comercio do sagrado corrói o coração da igreja que passa a consumir desde músicas dentro do modismo, “aquilo que vende”, a livros, abre aspas, cristãos, fecha aspas, perniciosos que não retratam a verdade cristã e nem aquilo que o escritor crê, mas como vende, o que vale é o título do livro.

Canetas, bonés, camisetas, e bíblias das mais diversas... Bíblia para a criança, para o adolescente, bíblia para a mulher, para o homem, a bíblia para o pastor, a bíblia do obreiro, a bíblia corrigida, sem corrigir, a antiga, a vulgata, e na linguagem de hoje. Há bíblias para todo o gosto. Mas sem conhecermos a realidade consumimos compulsivamente todo tipo de mercadoria que se vende e promete a nós leigos uma solução rápida e sem dor.

Somos consumistas contumazes e tudo que se coloca na barraquinha da Conde, consumimos sem mesmo perguntarmos porque estamos comprando. O ser humano se tornou alto vendável com sua idéia de market pessoal, o que é pior, se vende muito barato. Mas o que dizer quando isso se tornou um círculo vicioso e um caminho sem volta?

E o que fazer quando todos fazem a mesma coisa a tanto tempo e não se sabe o que é o certo? Vende-se facilmente sempre o que apazigua a dor humana sem que se ensine o humano a lidar com a dor.

No mais, o que peço, é que Deus nos ajude!